Com nova rede de saúde, paciente realiza sonho de pedalar
2 de agosto de 2016 - 21:00
“Até 2012 a nossa história, a minha e do meu filho, era bem diferente. Todos diziam que não tinha jeito. Pedro Lucas nasceu prematuro. Vivia deitado ou nos meus braços. Não tinha movimentos nas pernas. Depois que começamos a ser atendidos na policlínica, em Pacajus, a nossa história é outra, cheia de conquistas”. As conquistas de Pedro Lucas, hoje com 7 anos, e a da mãe Valéria foram vistas por dezenas de gestores, profissionais da saúde, usuários da nova rede de assistência do Ceará, na manhã desta terça-feira (2), no Fórum da macrorregião Fortaleza de preparação para o seminário internacional de avaliação do Proexmaes I, realizado pela Secretaria da Saúde do Estado, em Baturité. Ela orientou o filho a dar passos com o auxílio de muletas, andador e até dando pedaladas numa bicicleta. “Andar de bicicleta, que ganhou de presente do avô, deixou de ser um sonho”, lembra a mãe.
Ela mandou uma mensagem de estímulo aos gestores: “acreditem, invistam mais na saúde pública porque há uma população que merece ser bem atendida e reconhece quando o Governo trabalha dessa forma”. A resposta veio da secretária executiva da saúde do Estado, Lilian Alves Beltrão, que emocionada com a história de saúde e vida de Pedro Lucas, disse que “são histórias assim que fazem a gente lutar para fazer ainda mais pela saúde da população, porque há muitos outros Pedros precisando do nosso trabalho, do nosso compromisso em avançar cada vez mais, garantindo assistência de qualidade. Estamos juntos para trabalhar e avançar na melhorar dos serviços de saúde”.
Pedro Lucas recebe atendimento de diferentes profissionais na policlínica regional em Pacajus, entre elas da fisioterapia, desde 2012. Em outra policlínica da macrorregião Fortaleza, quem conhece o atendimento dos profissionais é a dona de casa Maria Mirtes de Menezes, 63 anos. Foi na policlínica regional em Baturité, que ela recebeu o diagnóstico precoce de câncer de mama. “Fui atendida pelo mastologista, fiz mamografia e biópsia, tudo na policlínica. Em 15 dias, após o diagnóstico de câncer, fui encaminhada para cirurgia e depois passei pelas quimioterapias. Há três anos estou bem. Se não fosse o diagnóstico precoce não estaria aqui, contando essa superação”. Nas 19 policlínicas regionais da nova rede de saúde do Estado foram realizadas 106.651 mamografias até dezembro de 2015. As primeiras policlínicas começaram a funcionar e a realizar mamografias em 2011.
A nova rede de assistência também é formada por Centros de Especialidades Odontológicas. São 18 novos. Somados aos quatro antigos que eram municipais e passaram a fazer atendimento a população das regiões, totalizam 22 CEOs. De 2008 a novembro de 2015 fizeram 5.781.450 atendimentos. Vânia Maciel sabe bem o que ter um CEO na região onde mora, em Baturité. No Centro de Especialidades Odontológicas da região ela fala que “voltei a sorrir, tinha perdido um dente, sempre colocava a mão na boca na hora de falar e sorrir, até fiquei com depressão”. Ela conta que depois que foram instaladas as próteses “vivo sorrindo, sem medo de ser feliz”.
Por esses depoimentos feitos durante o fórum e os números de atendimentos realizados na nova rede de saúde do Governo do Estado, o coordenador das Regionais de Saúde, Moacir Tavares, que “o Ceará tem a maior e mais completa rede de assistência secundária do país”. Ele destacou a necessidade de “ajustar critérios sanitários e epidemiológicos, financiamento em tempos de restrições de recursos públicos e o refino da gestão para avançar ainda mais no direito da população em ter saúde de qualidade”. O presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde, Josete Malheiros, disse que “a qualidade da nova rede de saúde obrigou o setor privado a se modernizar”. As policlínicas, CEOs, hospitais regionais, UPAs, além de prédios amplos e modernos, têm tecnologia elevada.
Presente ao fórum, o ex-secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos,lembrou que o Proexmaes (Programa de Expansão e Melhoria da Assistência Especializada à Saúde do Estado do Ceará), teve início há nove anos e que as policlínicas e CEOs estão alicerçados nos consórcios públicos de saúde, modelo de gestão em que o Governo do Estado e os municípios de cada região compartilham os custeios para manutenção dos serviços. “Sem dúvida tivemos muitos avanços, testemunhados no dia a dia de quem precisa dos serviços públicos de saúde, que é a grande maioria da população”. A presidente do Conselho estadual de Saúde, Ana Melo, disse que ¨é importante ver o registro de que a assistência melhorou. Precisa avançar mais, ouvindo os gestores, profissionais e usuários”. No fórum, conduzido por Bruno Eloy, que tem experiência em consórcios públicos de saúde,um dos momentos mais ricos para avaliação dos serviços garantidos na nova rede de saúde, foi a roda de conversa com os usuários. Vinte usuários falaram. Todos destacaram o atendimento humanizado nas policlínicas e CEOs, desde o acolhimento na recepção até a hora da consultas e dos exames.
02.08.2016
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