Artistas apresentam resultado de intervenções em grafitagem nos trens urbanos de Fortaleza
4 de maio de 2017 - 16:00 #Arte urbana #Grafite #metrô #OSGEMEOS #Trem
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A partir desta quinta-feira (4), parte dos trens que atendem Fortaleza e Região Metropolitana está circulando mais colorida. Os vagões deram espaço à arte do grafite dentro do projeto Wholetrain, idealizado pela dupla de artistas paulistas OSGEMEOS, composta pelos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, e pelo grafiteiro ISE. As intervenções foram realizadas em trens da Linha Oeste, da Linha Sul e do VLT Parangaba-Mucuripe.
“A gente sabe da importância da arte na vida das pessoas. Por isso a ideia de colocar a arte no trem, para que o trem levasse a arte para as pessoas. A gente vai transformar o trem numa obra de arte”, disse Otavio Pandolfo. Para atingir esse objetivo, o projeto também conta com a participação de outros 13 artistas do mundo todo, sendo dez brasileiros e três estrangeiros.
RWholetrain 059No Ceará, seis artistas colaboraram com o projeto. Entre eles, o grafiteiro cearense Narcelio Grud, que, junto com OSGEMEOS, apresentou a ideia ao Metrofor, no ano passado. “Tem sido uma experiência rica estar com uma galera que a gente considera como ídolo”, afirma Narcelio Grud, que fez a curadoria dos artistas locais.
Para o Metrofor, empresa parceira do projeto, a pintura dos trens estimula a relação entre o público e o metrô, e assim contribui para a valorização e preservação do patrimônio público. “O resultado foi bem acima das expectativas. É o o maior pacote de pintura de arte urbana em trens do Brasil”, ressalta o presidente do Metrofor, Eduardo Holtz.
Além de Fortaleza, o grupo também vai pintar os trens de Sobral e do Cariri. “Todo mundo faz um pouquinho da interpretação que cada um tem da cultura regional. Tem até uma homenagem que queremos fazer ao Belchior em Sobral”, afirma Gustavo Pandolfo. Em todo o Ceará, serão pintados aproximadamente 40 vagões de 15 trens.
Projeto Wholetrain
O projeto itinerante Wholetrain completa quinze anos em 2017 e já passou por São Paulo, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, João Pessoa, Natal, Vitória, São Luis, Maceió. Apesar de o Brasil ser um dos países mais liberais do mundo para o grafite, os artistas acreditavam que esse tipo de projeto seria impossível, em função da burocracia ou mesmo da falta de autorização por parte das empresas. Mas elas entenderam o incentivo de levar arte aos usuários dos trens e seguiram em parceria com o Wholetrain.”A ideia agora é estender o Projeto Wholetrain a todas as capitais do país e produzir um documentário, que já está em andamento”, afirma Otavio Pandolfo, da dupla OSGEMEOS.