Especialista orienta sobre prevenção à obesidade
11 de outubro de 2017 - 10:30 #alimentação #nutrição #obesidade #saúde
Suzana de Araújo Mont'Alverne - Assessoria de Imprensa – CIDH/ Lacen/ IPC
A alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas são indispensáveis no dia a dia para evitar a obesidade. Para alertar e orientar sobre prevenção à obesidade, nesta quarta-feira (11), Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, o Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), do Governo do Ceará, realizará uma série de atividades educativas para os pacientes. Serão palestras, apresentação teatral, aferição do Índice de Massa Corporal (IMC) e prática de exercícios. As atividades serão divididas nas ilhas de marcação de consulta, hall de entrada do CIDH e auditório.
Em uma década, a obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016 no Brasil, de acordo com recente pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. “Um grande erro é associar a obesidade somente ao lado estético, quando na verdade é uma patologia que vai muito além disso. O excesso pode levar a outras doenças, como hipertensão, doenças articulares e diabetes, e sua causa determinante são os erros alimentares”, explica Marília Holanda, nutricionista do CIDH.
O consumo em excesso de refeições prontas e congeladas é uma prática comum atualmente, principalmente pela facilidade. E é pelo abuso desses alimentos que a obesidade avança. “Esses tipos de alimentos podem ser facilitadores no quesito tempo, mas são altamente prejudiciais à saúde, já que apresentam muito sódio e açúcar. Nossa saúde melhorará quando aprendermos a descascar mais e desembalar menos”, explica a nutricionista. Outro ponto muito importante é o acompanhamento médico.
Boa alimentação
Dietas da moda ou de famosos não podem ser feitas por todos. “Essa urgência em emagrecer muitas vezes faz com a pessoa busque dietas rápidas que apresentam um resultado rápido e isso é ilusório, já que se perde fácil e ganha-se também. A perda de peso precisa ser feita de forma saudável, por isso é importante o acompanhamento do paciente por um nutricionista ou endocrinologista”, ressalta. Ser sedentário, adotar refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos com fritura e açúcar reflete diretamente na saúde.
“A boa alimentação é feita de forma equilibrada e rica em alimentos variados que contenham proteínas, açúcares, gorduras, vitaminas e minerais, ingeridos de forma balanceada e aliada à prática de atividade física”, pontua.
A obesidade é diagnosticada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado pelo peso em quilo dividido pelo quadrado da altura em metros. “IMC entre 25 e 29 kg/m² define o sobrepeso. Acima de 30 kg/m², o quadro já é diagnosticado como obesidade. E entre 40 kg/m² ou mais, temos um diagnóstico de obesidade mórbida. É importante frisar que com força de vontade e acompanhamento de um profissional de saúde qualquer um desses quadros pode ser modificado. Alimente-se bem, movimente-se”, alerta Marília.
Atendimento no CIDH
Para a primeira consulta no Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão, o paciente é encaminhado pelas Unidades Básicas de Saúde dos municípios. Inicialmente, é atendido pelo setor de enfermagem, onde é avaliado seu histórico, além da aferição da pressão arterial, medição de altura e peso, verificação da glicemia capilar e logo é encaminhado para o médico. A depender da complicação que este paciente apresenta, ele poderá ser visto pelo clínico ou pelo especialista (cardiologista, nefrologista, vascular, neurologista, oftalmologista).
Também será encaminhado ao nutricionista, para orientações sobre os hábitos alimentares, e ao fisioterapeuta, caso haja necessidade. Os pacientes também são atendidos na atenção primária, visto que a consulta no CIDH é complementar ao tratamento na atenção primária em saúde. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, de 7 às 17 horas.