Lacen é referência em exames de alta complexidade

4 de dezembro de 2017 - 13:33 # # #

Suzana de Araújo Mont'Alverne - Assessoria de Imprensa do Lacen/ IPC/ CIDH
suzana.alverne@lacen.ce.gov.br

Identificar e auxiliar no diagnóstico e tratamento de doenças de notificação compulsória e agravos de saúde pública é missão do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), do Governo do Ceará. Entre os exames realizados está o teste do pezinho, que identifica precocemente doenças no período neonatal e é vital para o início do tratamento dos casos diagnosticados. Fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase são patologias identificadas através do exame. Somente este ano, até outubro, 637.559 exames foram realizados, em aproximadamente 106.259 crianças triadas.

O laboratório é habilitado pelo Ministério da Saúde a realizar as quatro fases do exame, que compreendem seis diferentes análises. No ano passado, 481.785 testes foram feitos em 80.297 recém-nascidos triados, aproximadamente. Anualmente, o Lacen tem a habilitação renovada pelo Ministério da Saúde para realizar novas fases da triagem neonatal, através do teste do pezinho. Até março de 2013, a instituição realizava as fases I e II, em fevereiro 2014 passou a realizar a fase III e em fevereiro de 2015 passou a realizar todas as fases.

O teste é feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. E quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico e a taxa de sobrevida. A identificação precoce de doenças permite evitar o aparecimento dos sintomas, através do tratamento apropriado, por isso, recomenda-se realizar a coleta para o teste imediatamente entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê e as amostras de sangue devem chegar o mais rápido possível ao Lacen. O laboratório recebe amostras dos 184 municípios do Estado.

Triagem Neonatal

Referência

O Lacen faz diagnósticos para dengue, febre chikungunya, zika e é referência regional para micobactéria tuberculose multirresistente e nacional para melioidose, entre outros. Possui em sua estrutura física um Laboratório de Nível de Biossegurança III, destinado ao trabalho com microrganismos que acarretam elevado risco individual e baixo risco para a comunidade. Todos esses ensaios são feitos sob coordenação do setor de Biologia Médica, que até outubro deste ano realizou 811.077 exames. A Divisão de Biologia Médica do Lacen abrange sete diferentes segmentos: virologia, endemias, triagem neonatal, microbiologia, raiva, coleta e recebimento de amostras e é composta por um Centro de Análises Clínicas e 19 laboratórios.

Em reconhecimento à qualidade e à segurança dos serviços que garante à população, o Lacen é certificado em Acreditação Plena – Nível II, pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Com a renovação desse título, o laboratório da rede pública cearense torna-se exemplo para outras instituições. Entre os dias 20 e 24 de novembro, o Lacen recebeu visita de representantes do Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros, de Goiás, com o objetivo de aprimorar seu modelo de gestão da qualidade tendo como referência o laboratório do Governo do Ceará.

O foco principal da visita dos profissionais do Lacen de Goiás era o aperfeiçoamento de seus conhecimentos acerca das atividades desenvolvidas para controle interno e externo de qualidade dos exames feitos pela divisão de Biologia Médica do Lacen-CE. Durante a semana, a proposta foi alterada e outros setores do Lacen-CE passaram a fazer parte do cronograma da visita técnica. “Tamanha foi a receptividade, que a proposta inicial da visita foi ampliada. E durante essa semana, notamos que grandes avanços foram alcançados pelo Lacen, principalmente aqueles relacionados ao Programa de Gestão da Qualidade”, frisa Angela Argolo, Coordenadora da Divisão de Biologia Médica do Lacen – GO.

A troca de experiências é uma grande incentivo, já que amplia a visão para novos modelos de gestão e processos. “Acreditamos que, com a certificação alcançada junto à ONA, o Lacen-CE aprimorou a credibilidade aos processos e conferiu maior qualidade aos testes realizados nesta instituição”, declara Angela. “Para nós que fazemos o Lacen-CE, a troca de experiências em áreas semelhantes é de grande valia”, complementa a farmacêutica Ana Carolina Barjud.