Doações de sangue ajudam crianças em tratamento quimioterápico

12 de janeiro de 2018 - 15:18 # # #

Diana Vasconcelos - Assessoria de Comunicação do Hias
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O Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), do Governo do Ceará, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), realiza em média 800 transfusões por mês. Entre as unidades de saúde do Estado, o número é inferior apenas ao realizado pelo Hospital Geral de Fortaleza (HGF), cuja média é de 1.335.

As transfusões ocorrem por meio de uma agência transfusional, ou simplesmente banco de sangue, instalado no Hias, assim como ocorre nos demais hospitais da rede estadual. O adolescente Francisco de Assis, de 16 anos, que está em luta contra um câncer em uma das vértebras, é um dos pacientes beneficiados por esta parceria.

“Ele tinha muitas crises de garganta, dávamos antibiótico e ele melhorava. Até que apareceu uns nódulos no pescoço dele. Começamos o tratamento aqui no Albert Sabin há um ano. Ele fez seis meses de quimioterapia, e nós pensávamos que ele tinha ficado bom. Mas aí fez um exame que acusou ainda câncer na última vértebra da coluna, aí teve de fazer mais duas sessões agora”, fala a avó que acompanha o adolescente, Aldenir Maciel dos Santos, de 70 anos.

Banco de Sangue no Hias

A doença e o tratamento quimioterápico faz com que baixe o número de células no sangue, tornando as transfusões necessárias regularmente. Leda Fátima Rocha Miranda, uma das enfermeiras do banco de sangue do Hias, explica que, como em qualquer agência transfusional, a unidade realiza transfusões de concentrado de hemácias, de plaquetas, de plasma e crio.

“Mas, por se tratar de uma unidade pediátrica, o trabalho no Albert Sabin tem diferenciais”, afirma a enfermeira, tendo em vista que cada paciente recebe as doações de acordo com o próprio peso. Diferente do que ocorre com um adulto, o qual pode receber bolsas completas. “Então cada paciente tem uma alíquota, o menor volume é 50 ml”, diz.

Além disso, o Hospital Albert Sabin também realiza a exsanguíneotransfusão, um procedimento onde o sangue do bebê é removido e substituído por outro, de um doador compatível, para tratar condições clínicas determinadas, como a eritroblastose fetal. Esta transfusão faz parte do arsenal terapêutico que oferece suporte avançado aos bebês de risco em unidades de cuidados intensivos neonatais, sobretudo para o tratamento da doença hemolítica do recém-nascido.

Alto volume de transfusões

A enfermeira explica ainda que o alto volume de transfusões no Albert Sabin se deve, principalmente, por ser uma unidade terciária. Ou seja, trata doenças graves como câncer e hemofilias. “Temos pacientes que fazem transfusões regularmente, várias vezes ao mês”, afirma.

O jovem Francisco de Assis, por exemplo, realizou uma transfusão de concentrado de plaquetas na quarta-feira, 10, mas disse já ter feito inúmeras outras. “Já perdi a conta, sempre que faço quimioterapia, acabo fazendo transfusões”, comenta o adolescente que até o aniversário de 16 anos teve de passar no hospital realizando procedimentos. “Fico feliz que nunca faltou. As vezes demora, porque meu tipo de sangue é difícil, é “O” negativo. Mas as campanhas resolvem, nunca deixei de tomar quando precisei”, afirma.