Secretaria da Saúde do Ceará orienta sobre vacinação contra febre amarela
18 de janeiro de 2018 - 10:01 #Ceará #febre amarela #saúde #vacina
Cristiane Bonfim/ Marcus Sá / Helga Rackel - Secretaria da Saúde/Ascom
Prevenir a doença é melhor do que tratá-la. E a vacinação é uma das medidas mais importantes e eficazes de prevenção. A vacina estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos que destroem os micro-organismos invasores (bactérias ou vírus) tornando a pessoa, assim, imunizada. A Secretaria da Saúde do Ceará reforça a importância de a população ficar atenta ao calendário vacinal e manter a rotina de imunização, atualizando a caderneta de vacinação.
Cada faixa etária tem sua vacina específica e todas as vacinas, com exceção da Influenza, ficam disponíveis fora do período de campanhas. Quanto mais pessoas são imunizadas, mais comunidades são protegidas contra doenças e menor é a chance de contaminar outras pessoas. Conforme o Calendário Nacional de Vacinação, as vacinas estão disponíveis para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem determinadas vacinas. A vacina da Febre Amarela é uma delas.
Há 17 anos, o Ceará não tem casos de febre amarela. Por isso, pessoas que residem no Estado não precisam se imunizar contra a doença. Mas quem mora no Ceará e viaja para outros estados ou países que são áreas de risco precisam tomar a vacina da febre amarela. A vacinação para febre amarela é ofertada em todo o Brasil, principalmente para os estados que têm municípios com recomendação para a vacina.
O Ceará não é área de risco. Mas recebe do Ministério da Saúde, mensalmente, vacina da febre amarela para viajantes. Cearenses que viajam muito e têm contato com áreas consideradas de risco devem se vacinar. Basta apresentar o comprovante de viagem (passagem) junto com um documento de identificação com foto e o cartão de vacinação para tomar a vacina, que é gratuita e pode ser realizada na unidade referenciada pela secretaria de saúde do município. A vacina é totalmente eficaz contra a doença e a imunização deve ser feita dez dias antes do contato com áreas risco de infecção pelo vírus da febre amarela.
São consideradas áreas de risco locais que têm matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente. No entanto, no Brasil a vacinação é recomendada para as pessoas a partir de 9 meses de idade que residem ou se deslocam para os municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacina, localizada em municípios dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Quem deve se vacinar
A coordenadora de Imunizações do Ceará, Ana Vilma Leite Braga, relembra que a vacina da febre amarela já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. “A vacina da febre amarela existe desde 1937. Em 1973, iniciou no Programa Nacional de Imunização (PNI). Se a vacina existe e se todos vão viajar para área com circulação do vírus, a prevenção não deve ser pontual”, esclarece.
De acordo com a coordenadora, é importante esclarecer à população sobre quem precisa se vacinar contra febre amarela. “Quem já teve a doença não precisa se vacinar. A gente recebe (vacina) para os viajantes. Se o turista internacional está viajando para uma área considerada de risco e antes, passa por Fortaleza, ele pode se vacinar. Diferente do brasileiro que vai voltar para o lugar de origem (quem mora em áreas de risco) e tem a vacina disponível no seu estado”, explica.
A vacina da febre amarela não é recomendada para crianças menores de seis meses, idosos, gestantes sem recomendação médica criteriosa, pessoas com alergia a ovo e seus derivados, além daqueles que já fizeram algum transplante de órgãos, estejam fazendo tratamento de câncer e são portadores de doenças que comprometem o sistema imunológico, como o HIV/ aids. “Mães que se vacinaram, não devem amamentar se a criança for menor de seis meses. Pessoas com histórico de eventos adversos graves, como alergia ao ovo de galinha, e de imunossupressão, como transplantados, quem está fazendo quimioterapia ou radioterapia, portadores de lupus, não devem tomar a vacina da febre amarela”, alerta.
Transmissão da febre amarela
A febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa e sim, por meio de vetor (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes no ambiente silvestre). O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942, e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.
Sintomas da doença
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.
Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.
Ouça
A coordenadora de Imunizações do Ceará, Ana Vilma Leite Braga, esclarece quem deve procurar as unidades de saúde para se vacinar.
O Ceará não tem casos de febre amarela há 17 anos, como explica Ana Vilma Leite Braga.
A vacina da febre amarela já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e existe desde 1937. Em 1973, iniciou no Programa Nacional de Imunização (PNI). A coordenadora da Secretaria da Saúde informa a quem a vacina não é recomendada.