Acolhimento garante atendimento humanizado no Hospital César Cals

12 de março de 2018 - 18:02 # #

Wescley Jorge - Assessoria de Comunicação do HGCC
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Ao completar 29 semanas e cinco dias de gestação, as contrações surpreenderam Sulamita dos Santos Pereira, costureira, de Fortaleza, que procurou a maternidade do Hospital César Cals (HGCC), do Governo do Ceará, para atendimento. Ela foi recebida pelo Acolhimento e Classificação de Risco da emergência obstétrica, que verificou a urgência para o direcionamento do atendimento. “Eu cheguei à meia-noite do dia 29 de janeiro e fui logo atendida. Consegui ficar mais tranquila e sentir mais segurança”, relata a paciente. Segundo ela, após verificação da pressão e realização de exames, foi encaminhada para o atendimento médico. Ela permaneceu na Casa da gestante até a tarde do dia 2 de fevereiro, quando deu à luz aos gêmeos Nicholas Miguel e Maria Júlia.

Hoje os gêmeos permanecem no hospital. Eles estão na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) e devem receber alta ainda nesta semana. Por enquanto, ela participa dos cuidados do filho e recebe orientação no Acolhimento Materno, setor que cuida das mães enquanto os filhos estão internados. “Estou ansiosa para levar meus dois para casa”, conta animada, a esperançosa mãe. Assim como Sulamita, as mães que chegam ao HGCC para atendimento na emergência obstétrica, são acolhidas e acompanhadas por uma equipe especializada que já está preparada para realizar os primeiros cuidados. O setor de acolhimento e classificação foi implantado no HGCC em setembro de 2012, com funcionamento diurno. Um ano após a implantação, o serviço foi estendido e passou a funcionar 24 horas.

Assim que a mulher chega à emergência, é iniciado o atendimento. Conforme explica a enfermeira Letícia Maria Silva, plantonista do acolhimento, após a chegada ao hospital, a equipe escuta as queixas da paciente e a história obstétrica, e verifica os sinais vitais. “Somente ao finalizar esses três passos é que é feita a classificação, a qual é dividida em cinco riscos: vermelho, que preconiza o atendimento de emergência, passa direto para a sala de parto; laranja, o atendimento é muito urgente; amarelo, é urgente; verde, é pouco urgente, e por fim o azul, que não é urgente. “Conforme a classificação, a cor já aparece no computador da sala de atendimento médico e a paciente é encaminhada”, explica Letícia.

O atendimento e classificação no Hospital César Cals seguem os protocolos e rotinas conforme preconização da Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde para garantir uma atenção humanizada à gravidez, ao parto e pós-parto, entre outras ações. “O Ministério da Saúde preconiza que a gestante seja atendida em até sete minutos. Em média, o atendimento no HGCC é de três minutos, ou seja, abaixo do que é recomendado”, esclarece a enfermeira Francisca Eliane da Silva Moraes, coordenadora de enfermagem obstétrica. São com os critérios adotados na classificação que o atendimento a pacientes mais graves pode ser mais rápido e efetivo.

No Hospital Geral Dr. César Cals, toda paciente que chega à emergência obstétrica é atendida. Quando há necessidade de transferência, a paciente só sai do hospital depois que é feita a regulação para outra maternidade, pelo Central de Regulação. No atendimento realizado, são solicitados também exames de ultrassonografia, cardiotocografia, exames laboratoriais, como hemograma, sumário de urina e exame de Doenças Hipertensivas Específicas da Gravidez (DHEG). Tudo para prestar uma assistência completa à gestante e ao bebê. Para isso, equipes multiprofissionais estão preparadas para receber as pacientes.

Desde sua implantação, o serviço só aumenta e permite que a mulher receba a atenção adequada na sua chegada à maternidade. Nos dois primeiros anos do Acolhimento e Classificação, em 2012 e 2013, foram realizados 26.235 atendimentos. Em 2014, o número de atendimentos foi de 15.938. Manteve-se quase estável em 2015, num total de 15.935. No ano de 2016, houve uma pequena diminuição, num total de 15.794 atendimentos e, em 2017, o número de pacientes atendidas voltou a aumentar, totalizando em 17.996 mulheres atendidas.