Pacientes do Hospital de Saúde Mental recebem atendimento em casa
12 de março de 2018 - 15:39 #Home Care #Hospital de Messejana #hospital de saúde mental
Milena Fernandes - Assessoria de Comunicação do Hospital de Saúde Mental
Atualmente, 40 pacientes são atendidos por psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, assistente social e terapeuta ocupacional do Programa de Atendimento Domiciliar do HSM
Pacientes diagnosticados com transtornos mentais e que já foram internados diversas vezes no Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSM), do Governo do Ceará, contam com apoio interdisciplinar sem precisar sair de casa. É o Programa de Atendimento Domiciliar (PAD) que teve início em 2013, inspirado no serviço Home Care. Atualmente são atendidos cerca de 40 pacientes.
A equipe é formada por médico psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, assistente social e terapeuta ocupacional, o que torna o atendimento mais humanizado aos pacientes e familiares. “Desde que teve início, o PAD tem proporcionado uma melhora significativa, prevenindo as internações e reinternações, controlando as medicações e conscientizando tanto os pacientes quanto os familiares sobre a doença mental. Estamos conseguindo redirecionar muitos pacientes para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)”, explica a psiquiatra Jeceline Tavares, coordenadora do PAD do Hospital de Saúde Mental.
Uma das pacientes atendidas pelo programa é uma senhora de 63 anos, que já trabalhou como professora e auxiliar de enfermagem. Depois de passar 18 meses internada no HSM, ela foi liberada para continuar o tratamento em casa com o apoio da equipe do PAD. Diagnosticada com transtorno bipolar, ela conta que se sente bem melhor agora com a assistência que recebe da equipe de profissionais do hospital. “Elas me orientam sobre a maneira correta de tomar a medicação e sobre o que devo fazer para me sentir melhor, menos triste. Moro sozinha, não deixo de tomar os remédios, me alimento bem, cuido da casa e estou feliz”, revela a paciente.
A psicóloga que atua no Programa de Atendimento Domiciliar do Hospital de Saúde Mental de Messejana, Samea Pinheiro, conta que um dos objetivos desse serviço é orientar e estimular a autonomia e independência no autocuidado e nas atividades terapêuticas. “O paciente tem que se perceber para assumir seu tratamento. O cuidador, que já vive um momento de fragilidade emocional, também recebe nossa atenção, o nosso olhar”, relata.
Os familiares também têm o apoio das assistentes sociais do PAD. “Nós percebemos que muitos pacientes são carentes de suporte familiar e ao visitá-lo em casa, podemos observar melhor as fragilidades do convívio com os parentes e contribuir com a reinserção sociofamiliar”, declara a assistente social do PAD, Sandra Diniz.
Critérios de inclusão
Para ser inserido no Programa, alguns critérios são avaliados. É necessário ser paciente do HSM com frequência de reinternações; residir na capital; dispor de, pelo menos, um cuidador ou responsável que execute as orientações necessárias à saúde do paciente; ser portador de transtorno mental crônico e não ser dependente de equipamento de monitoramento e sustentação à vida.