Vice-governadora debate sobre educação em prisões
27 de abril de 2018 - 17:09 #Ceará Pacífico #Izolda Cela #Vice-Governadora
Giuliano Vandson - Assessoria de Comunicação da vice-governadora
Queiroz Netto - Fotos
A vice-governadora Izolda Cela visitou nesta sexta-feira (28) o Escola de Esnino Fundamental e Médio Aloísio Leo Arlindo Lorscheider, em Itaitinga. No encontro, a vice-governadora debateu com técnicos da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) e com gestores e professores da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) sobre o tema: Educação em Prisões.
Para Izolda Cela, a educação em prisões é um tema que ainda não é tratado como tema prioritário no Brasil e que o Estdao deve olhar para aqueles que estão de fora do sistema educacional. “As pessoas estão ali para ter a chance de se reorganizar na vida, de tomar contato com o que fez, tomar consciência com o que praticou, que feriu alguém, que causou danos e ser capaz de se restaurar. E quando olhamos para os nossos sistemas prisionais, nós vemos que eles estão a uma certa distância de conseguir realizar e realmente de oferecer esse tipo de oportunidades para as pessoas”.
A reestruturação e o reordenamento da política prisional faz parte dos eixos do Pacto por um Ceará Pacífico e de acordo com a vice-governadora o Estado ainda tem muitos desafios para fazer com que o sistema prisional deixe de ser um motor de recrudescimento de violência, e passe a ser um espaço que ofereça uma reorganização de vida.
Para o assessor educional da Secretaria de Justiça e Cidadania, Rodrigo Moraes, “é uma honra saber que a vice-governadora e o Governo do Ceará estão olhando para uma área tão importante que é a educação em prisões. A educação é transformadora e proporciona ao privado em liberdade a conclusão do ensino fundamental e do ensino médio. Temos professores lotados em unidades prisionais e cerca de 2 mil presos devidamente matriculados, e acreditamos que ações como essa de educação é o caminho para reverter este quadro deste presos, quando eles saírem do sistema prisional para procurar um trabalho e caminhar e traçar uma nova vida”.
A diretoria da escola, Sirlandia Dantas, explica a atuação da escola no processo do sistema prisional. “Hoje temos 43 turmas, 638 alunos cadastrados no nosso sistema e a cada 12 horas de frequência, esse preso reduz 1 dia de pena. Atendemos a todos os níveis de escolarização, temos presos que estão na alfabetização e alguns já cursando o Ensino Médio”.
E.E.F.M Aloísio Leo Arlindo Lorscheider
A E.E.F.M Aloísio Leo é a primeira escola do Ceará que atende, exclusivamente, à demanda de educação nos estabelecimentos penais, sendo ainda a segunda escola desta categoria, criada no país. A Escola coordena as ações educativas desenvolvidas no contexto da privação da liberdade, com a oferta de escolarização nos diferentes níveis de ensino da Educação Básica para presos provisórios e condenados de regime.
O professor Roberto Nogueira trabalha a 15 anos na instituição e “É gratificante fazer parte do grupo de educadores que atuam nas unidades prisionais, é gratificante fazer parte da vida e da recuperação desses homens. Por algum motivo, eles cometeram delitos e estão pagando pelos erros, mas como educador, acredito na mudança e na recuperação e por isso estou trabalhando há 15 anos dentro desse sistema”.