Espetáculo Duplicité – O confronto de dois “eus”: a força da mulher na literatura

2 de maio de 2018 - 11:16 # # #

Secretaria da Cultura - Assessoria da Comunicação

Espetáculo Duplicité com Maria Vitória entra em cartaz no Teatro Dragão do Mar, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, nos dias 11, 18 e 25 (sextas-feiras) de maio às 20h. A obra foi criada de forma fragmentária, não linear. Nessa criação pulsa fortemente a questão do feminino, uma mulher na literatura, soterrada pelos seus escritos. Além disso, questionada e desafiada pela sua própria escrita. Dos seus escritos surge seu duplo.

Trazendo um devaneio que transita entre o mistério dos duplos e a realidade. A partir do pressuposto de que o ser humano busca conceber uma imagem na qual reconheça a si mesmo e dentro dessa imagem um paradoxo de dois “eus” que nem sempre se correspondem. A força criativa desses “eus” transcende às questões que emergem do próprio indivíduo e são alicerceadas pelo sentido de alteridade, pelo se ver no outro, na dor do outro, na alegria do outro.

A atriz Maria Vitória contracena com uma boneca como uma concretização imagética do duplo da personagem. A personagem e seu duplo vivem de forma fragmentária, sustentadas pelo instante e surpreendidas com a própria escrita, numa dramaturgia esfacelada. A montagem transita entre o teatro, o teatro de bonecos, a dança e a música. Esses elementos não interagem de forma estanque, formam uma unidade, entrelaçam-se e se confundem a todo instante.

Sobre a montagem

A partir do sentido de atriz-criadora, a peça é um solo da atriz, diretora e dramaturga, Maria Vitória. A montagem transita entre o teatro, o teatro de bonecos, a dança e a música. Esses elementos não interagem de forma estanque, formam uma unidade, entrelaçam-se e se confundem a todo instante.

Uma boneca representa o duplo da personagem/escritora que está em cena. A boneca é da técnica do boneco geminado: esta técnica de manipulação parte do princípio da simbiose do ator com boneco, resultando desse processo personagens compostos por dois elementos: as artes plásticas e o humano. Tal hibridização forma uma inteireza, um terceiro corpo. A boneca também dança, a ideia é que não existam fronteiras entre o teatro, a dança e o teatro de bonecos.

O espetáculo está em constante construção, durante as apresentações há uma interrupção para um diálogo direto com a plateia, assim, a cada peça são agregados mais elementos oriundos desses diálogos. Além disso, a peça conta também com uma dramaturgia musical que não apenas faz um desenho sonoro, mas busca novas significações para o espetáculo, significações e imagens que somente a música poderia trazer. A criação da dramaturgia musical é assinada por Gustavo Portela e executada em cena pelo próprio Gustavo e pelo músico multi-instrumentista Rami Freitas.

Sobre a atriz

Maria Vitória se dedica ao fazer artístico desde a década de 1990. Seus últimos trabalhos foram: Tudo ao Mesmo Tempo Agora (peça de teatro e dança na qual atua, dirige e assina o texto que foi premiado no Edital de Dramaturgia Feminina da Secretaria de Cultura de Fortaleza); Frei Tito – Vida , Paixão e Morte (espetáculo teatral no qual participa como atriz, através desse trabalho de atriz recebeu o Prêmio Ceará em Cena de melhor atriz de 2014/2015); Asja Lacis já não me escreve (peça teatral na qual assina o texto e a direção); Além, Aquém Daqui (direção e orientação dramatúrgica a convite da Escola Porto Iracema das Artes/2017).

Desde o ano de 2003 investiga possíveis treinamentos para o ator-criador e atualmente desenvolve uma pesquisa a partir do diálogo entre teatro, dança e teatro de bonecos. É graduada em Letras-Português-Francês (UFC) e mestra em Artes Cênicas (UFBA). Os resultados de suas pesquisas são compartilhados através dos grupos com os quais teve ou tem contato, por via de cursos e oficinas de teatro, trabalhos acadêmicos e através de seus espetáculos teatrais. Durante mais de duas décadas, Maria Vitória, vem se dedicando de forma ininterrupta ao fazer artístico. Sempre em uma atitude de resistência de ter a arte como única atividade profissional.

Ficha técnica:

Criação: Maria Vitória
Consultoria: Graça Freitas
Direção musical: Gustavo Portela
Multi-instrumentista: Rami Freitas
Iluminador: Fábio Oliveira
Contrarregra: Lívian Mendes
Captação de imagens: Cláudia Rodrigues
Preparação vocal: Priscila Ribeiro

Serviço

Local: Teatro Dragão do Mar.
Datas/horários: 11, 18 e 25 (sextas-feiras) de maio às 20h.
Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia).

Mais informações/entrevistas:

ASCOM Secult – (85) 3101 – 6761 / imprensasecultce@gmail.com /
Ivna Girão (Secult) – (85) 98817-5149
Lucas Benedecti – (85) 98824-0994
Paula Candice – (85) 98848-4987