Novo sistema agiliza resultado de teste do pezinho no Lacen

18 de outubro de 2018 - 16:41 # #

Suzana de Araújo Mont'Alverne - Assessoria de Imprensa – Lacen/ IPC/ CIDH
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Poucas gotinhas de sangue do calcanhar do bebê podem fazer toda a diferença na vida do recém-nascido. Através do teste do pezinho, é feito o diagnóstico de doenças congênitas ou infecciosas em estágio inicial. Sabendo da importância da celeridade do processo, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), do Governo do Ceará, iniciou no ano passado a descentralização do serviço. Com uma nova metodologia, o sistema Vega Web Triagem, além da coleta, as unidades também cadastram as amostras e assim, o procedimento inicia rapidamente. O Lacen vem realizando treinamento nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) do Estado para o uso do novo sistema. Nesta semana, os profissionais das CRES de Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte, compostas por 28 municípios, passarão pela capacitação.

Para além da abordagem do cadastro, são repassadas no curso informações acerca da coleta, do transporte e armazenamento das amostras que serão encaminhadas ao laboratório. “É imprescindível que as amostras cheguem corretamente ao laboratório. É igualmente importante para a celeridade do processo”, ressalta Ana Carolina Barjud, chefe do Centro de Análises Clínicas do Lacen. A nova tecnologia permitiu que o prazo de entrega e acesso ao laudo diminuísse de dez para cinco dias.

O Estado é composto por 22 regiões de saúde. Do ano passado para cá, foram capacitadas as regiões de saúde de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Baturité, Canindé, Itapipoca, Aracati, Quixadá, Russas, Limoeiro do Norte, Sobral, Acaraú, Tianguá, Tauá, Crateús, Camocim e Cascavel. Neste mês de outubro, os profissionais das CRES de Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte estão em treinamento. Até o final deste ano, o Lacen terá capacitado os profissionais de todas as regiões de saúde do Estado. Faltam apenas Icó e Iguatu.

Triagem neonatal

O teste do pezinho é uma das principais formas de diagnosticar seis doenças que, quanto mais cedo forem identificadas, melhores são as chances de tratamento. Fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase são detectadas através do exame. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico e a taxa de sobrevida. O tempo entre a coleta e a realização do teste é de importância vital para dar início ao tratamento dos casos diagnosticados, que devem começar antes dos primeiros 30 dias de vida.

No Lacen são realizadas as fases I, II, III, IV do teste. Em cada bebê, são realizadas seis diferentes análises. Atendendo aos 184 municípios do Estado, com 52 unidades de saúde somente em Fortaleza, o laboratório realizou de janeiro a setembro deste ano 500.178 testes em aproximadamente 83.363 crianças triadas.

“O Ministério da Saúde recomenda que a coleta para o teste seja feita entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê e as amostas devem ser enviadas o quanto antes para o Lacen”, explica Ana Carolina. A coleta das amostras de sangue dos bebês para o exame é responsabilidade de cada município. “Todas as coletas são feitas nas maternidades ou em unidades de saúde dos municípios”, diz.