Infectologistas orientam sobre prevenção contra gripe
27 de março de 2019 - 11:18 #prevenção #proteção #vacinação #vacinaréproteger
Ascom do HSJ
A partir do dia 10 de abril, a vacina contra a influenza estará disponível em todos os postos de saúde. Gestantes e crianças com idade de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias serão os primeiros grupos a serem imunizados. Os demais grupos prioritários serão vacinados a partir do dia 22 de abril. “Essa priorização acontece porque é nesse público onde há risco de maior gravidade da doença”, explica Gláucia Ferreira, infectologista pediátrica do Hospital São José (HSJ), do Governo do Ceará.
A 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza ocorrerá até o dia 31 de maio. O Dia D da campanha será em 4 de maio. De acordo com Edson Buhamra, infectologista e diretor geral do HSJ, a influenza pode apresentar um quadro gripal como qualquer outro. Mas em alguns grupos, o risco de evoluir para um quadro grave é maior. “O paciente pode ter uma evolução mais grave, não justificando uma vacinação em massa, mas somente na população com maiores riscos de complicações”, afirma.
Além das gestantes e crianças menores de seis anos, também devem se vacinar as mulheres com até 45 dias pós-parto; idosos a partir de 60 anos; profissionais de saúde; portadores de doenças crônicas, como diabetes e asma, por exemplo; indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia; população indígena, adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas; população carcerária; funcionários do sistema prisional e professores de escolas públicas e particulares.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. A vacina da influenza é trivalente, protege contra H1N1, H3N2 e B/Colorado/06/2017.
Sintomas e atendimento médico
A gripe A é uma doença respiratória aguda e é diferente de uma gripe comum, por ser causada por um subtipo distinto do vírus influenza, o H1N1. A transmissão acontece de pessoa a pessoa pelo contato com secreções respiratórias. Causa febre alta, tosse, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça. “Se ocorrer falta de ar, respiração rápida, vômito e recusa alimentar, a procura ao serviço básico de saúde deve ser imediata”, reforça Gláucia Ferreira.
As Unidades Básicas são a porta de entrada na assistência aos pacientes com quadro gripal, pois nem toda gripe é H1N1. Após a avaliação médica do posto de saúde e em se tratando de um quadro mais grave é que o paciente deve ser encaminhado ao hospital mais próximo.
Outras medidas de prevenção
Além da vacinação, são recomendadas também ações como higienização das mãos, principalmente antes de consumir alimentos ou depois de espirrar ou tossir; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal como talheres e copos.
Segundo a infectologista pediátrica Gláucia Ferreira, se a criança apresentar os sintomas, não deve ir à escola ou creche, pois a fase de eliminação do vírus nas crianças é em torno de 15 dias, então durante esse período a transmissão pode acontecer. É importante também evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados, e adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Fique atento!
• Crianças que serão vacinadas pela primeira vez, devem tomar uma dose a partir de 10 de abril e outra dose trinta dias depois.
• A vacina da gripe também não provoca gripe. Ela é produzida com vírus mortos, incapazes de causar a doença.
• Se houver febre por conta de uma gripe, a pessoa deve aguardar a melhora do quadro para tomar a vacina.
• A proteção se dá entre 3 a 4 semanas após a vacinação.