Ter uma refeição equilibrada previne doenças
5 de abril de 2019 - 17:21 #Alimentação saudável #Cuidados #prevenção
Ascom Sesa
Alimentar-se bem cotidianamente é uma forma de cuidar da própria saúde. Pensar no corpo como uma máquina que precisa de combustível de qualidade facilita o entendimento de que não basta matar a fome para estar bem alimentado. A base nutricional de um indivíduo deve ser composta por alimentos naturais ou minimamente processados, que sofreram poucas alterações na composição.
A orientação de nutricionistas é desembalar menos e descascar mais. Frutas, legumes, verduras, tubérculos (mandioca, batata doce, inhame etc.), ovos, castanhas, frutas secas, carnes resfriadas ou congeladas estão entre os itens que podem ser incluídos para uma refeição saudável e equilibrada.
Entre os produtos processados, há os que contam com adição de sal, açúcar ou alguma outra substância culinária, como queijos, frutas em calda, pães com farinha de trigo, extrato concentrado de tomate. Outros são formulações industriais que têm somente uma pequena proporção de alimentos naturais e grande quantidade de aditivos químicos, como os embutidos (presunto, linguiça, mortadela, salsicha etc.), sucos em pó, salgadinhos em pacote e refrigerantes.
A nutricionista da Secretaria da Saúde do Ceará, Vilma Oliveira, explica que o alimento tem potencial de gerar saúde no organismo. “Na hora que você vai escolher, pode estar determinando ali a sua saúde. Quando você opta por alimentos saudáveis, como frutas, legumes, verduras, eles são protetores do nosso organismo contra as doenças crônicas. Tem os alimentos que você pode usar de forma moderada, como as proteínas (carne, ovos, leite, peixe)”, explica a profissional.
Por outro lado, optar pela ingestão frequente e em grande quantidade dos alimentos ultraprocessados pode gerar doenças. “Então a alimentação é uma forma de se proteger das doenças crônicas. Se a família já tem uma tendência a determinada doença, com a escolha adequada dos alimentos, você pode estar se protegendo ou atrasando esse tipo de problema”, ressalta Vilma. Alimentos semi-prontos, com excesso de sal, açúcar, gordura e condimentos contribuem para algumas doenças.
Como montar o prato ideal
O prato ideal é o que equilibra os tipos de alimentos dos grupos verde, amarelo e azul, segundo a cartilha Alimentação Cardioprotetora. O material foi elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital do Coração (HCor). A cartilha segue as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira e o Manual de orientações para profissionais de Saúde da Atenção Básica – Alimentação Cardioprotetora.
No grupo verde, composto por alimentos cardioprotetores, estão os que mais contêm vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes (verduras, frutas, legumes, leite e iogurte desnatados ou semidesnatados etc.). Não fazem parte desse grupo nutrientes como gordura saturada, colesterol e sódio, que podem prejudicar o coração. Eles fornecem vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes.
Alimentos do grupo amarelo podem ser consumidos moderadamente, como pães, cereais, óleos vegetais e farinhas. Como fornecem energia para as atividades do dia a dia, devem ser mantidos na dieta em menor quantidade, uma vez que garantem minerais, vitaminas, calorias, sal e gorduras. Carnes, queijos brancos e amarelos e manteiga são itens do grupo azul. Fontes de gordura saturada, sal e colesterol, esses alimentos podem ser prejudiciais ao coração.
No grupo vermelho, não recomendado para uma alimentação saudável, estão itens como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, sucos industrializados, refrigerantes, achocolatado em pó, sorvete, molhos industrializados, nuggets e achocalatados em pó, por exemplo. Esses alimentos devem ser evitados, pois contam com aditivos químicos como conservantes, estabilizantes, corantes, edulcorantes e aromatizantes.
“É preciso evitar o saleiro na mesa e aqueles alimentos que sabidamente têm excesso de sal, como os embutidos e os enlatados. Quando a alimentação traz mais os ultraprocessados, isso é prejudicial”, orienta Vilma.