Cegás apresenta na Expobiogás experiência pioneira de distribuição de biometano no Brasil
24 de maio de 2019 - 17:58 #Abiogás #biometano #Cegás #Expobiogás #Gás Natural Renovável #gasoduto
Ascom Segás
O presidente Cegás (Companhia de Gás do Ceará), Hugo Figueirêdo, apresentou ontem durante o Seminário Técnico “Do pequeno ao grande produtor: modelos de negócio para a nova geração do biogás”, na Expobiogás, em São Paulo, a experiência pioneira da empresa na distribuição de biometano (gás natural renovável) no Brasil.
A palestra de Figueirêdo ocorreu durante o painel sobre “Modelos de Negócios para expansão do Biogás”, da Expobiogás, que é promovido pela Abiogás (Associação Brasileira do Biogás) e é considerado o maior evento do segmento.
A Cegás tornou-se, desde maio do ano passado, a primeira distribuidora do Brasil a injetar na sua rede de gasodutos o GNR (gás natural renovável). Obtido a partir da purificação do biogás gerado pela decomposição do lixo do aterro da Região Metropolitana de Fortaleza, o GNR já está sendo entregue a todos os clientes residenciais, comerciais, industriais e veiculares.
O empreendimento foi realizado por meio da parceria entre a Prefeitura de Fortaleza, a Gás Natural Renovável Fortaleza e a Cegás, que construiu um gasoduto de 23km e faz a distribuição do GNR proveniente do aterro sanitário da Região Metropolitana de Fortaleza para indústrias, veículos, comércio e residências da rede de clientes da empresa.
Atualmente, a Cegás injeta cerca de 75 mil metros cúbicos/dia de gás natural renovável na sua rede de abastecimento. Pelo contrato com a GNR Fortaleza, essa produção de biogás deve passar para 90 mil m3/dia. “Existe a possibilidade de pensar a nova expansão para 125 mil m3/dia. Isso significa que cerca de 15% do gás distribuído pela Cegás é GNR. Na Suécia são injetados 10%; na França, querem passar para 10% em 2030; e nos Estados Unidos, para 3%. Somos referência no mundo”, acrescenta Figueirêdo.
Figueirêdo ressaltou ainda que a alternativa do gás natural renovável para a Cegás revelou-se confiável, competitiva e sustentável, com impactos positivos em toda a cadeia produtiva do gás natural.
“Contabilizamos uma redução da emissão de gases do efeito estufa (610.000 toneladas equivalentes de CO2 por ano) e ampliamos a segurança de suprimento e competitividade no preço, pelo aumento no número de fornecedores de Gás Natural”, disse Figueirêdo.
Segundo Figueirêdo, há outras oportunidades de aproveitamento de biogás no Ceará, com escalas e modelos de negócios distintos a serem explorados com segurança em algumas regiões metropolitanas do Estado.