Segundo curso de intervenção rápida em recinto carcerário do Ceará conclui sua primeira semana de trabalho
19 de agosto de 2019 - 17:23 #agentes #CIRRC #gerenciamento de crise #rebelião #treinamento
Ascom SAP
A primeira semana do segundo Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário (CIRRC) promovido pela Secretaria da Administração Penitenciária ocorreu de forma intensa para os agentes que desejam se tornar interventores. Dos 190 participantes iniciais, 111 conseguiram ultrapassar o desafio do Teste de Aptidão Física. Nesta primeira semana de CIRRC, 70 seguem firmes com o propósito.
O secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, ressalta a importância do CIRRC. “Esse curso é fundamental para que os agentes estejam prontos para uma retomada de ambientes que saia do normal. “Começamos com 190 e agora estamos com 70 alunos treinando, avançando bem tecnicamente para ser um interventor. Algo fundamental para o Estado estar pronto para intervir em qualquer situação. Inclusive, com essa formação que ocorre pela primeira vez no Ceará, já enviamos agentes para intervir na crise do Amazonas e recebemos agora alunos de outros estados como Acre, Rio Grande do Norte e Distrito Federal”, afirma.
Coordenador do II CIRRC e secretário-executivo da SAP, Maiquel Mendes, afirmou que é necessário ter controle físico e psicológico para conseguir vencer e chegar até o final do curso. “Já tivemos algumas desistências por entraves psicológicos. Algumas pessoas não estavam preparadas para receber uma carga de conhecimento e fazer exercícios. Mas a avaliação está boa e dentro da normalidade. Eles já tiveram aulas de tiro, imobilização tática, uso progressivo tático e diferenciado da força, o que auxilia o agente para trabalhar com ainda mais segurança. Os agentes concludentes receberão todo o conhecimento necessário formar um agente penitenciário com a qualificação necessária para fazer uma intervenção em qualquer unidade prisional, estando em crise ou não”, avaliou.
Os últimos dez dias do curso são marcados por etapas mais intensas e avaliativas. Os agentes receberão ensinamentos como instrução de gerenciamento de crise, simulação de rebelião e motim generalizado. Outros aspectos como negociação tática, resolução de conflito em ambiente carcerário crise também fazem parte da reta final do CIRRC. Além disso, ocorrerá a avaliação de uso dos equipamentos não letais, muito utilizados no cotidiano do agente, além da observação da perícia em uso de arma curta, que visa a segurança do agente penitenciário fora do ambiente prisional.