Uece e Universidade de Montreal iniciam pesquisa sobre dengue em Fortaleza

1 de novembro de 2019 - 15:46 # # # # #

Ascom Uece Texto
José Wagner Foto

mosquito da dengue

Com o trabalho de campo será possível identificar quais são as áreas de maior probabilidade de transmissão da dengue e quais as melhores ações a serem tomadas

A Universidade Estadual do Ceará (Uece), em parceria com a Universidade de Montreal, Canadá, dará início à pesquisa “Cidades Saudáveis e Sustentáveis: um ensaio clínico para o controle de Aedes no Brasil (Coesa)”. O trabalho de campo, nas residências de Fortaleza, começa na próxima segunda-feira (4). Foram sorteadas 68 áreas da cidade, onde serão coletados dados em domicílios que tenham crianças de três a nove anos. Após a coleta desses dados de base, será feito um novo sorteio e 34 dessas áreas vão receber intervenções.

O projeto será executado com a colaboração da Uece, e é financiado pelo Governo Federal Canadense, por meio do Instituto Canadense de Pesquisa e Saúde, e coordenado pelo Instituto de Pesquisa em Saúde Pública, da Universidade de Montreal. Segundo a pesquisadora Mônica Zahreddine, as intervenções serão desenvolvidas pela própria comunidade com o suporte da equipe de pesquisa. “Os dados coletados serão apresentados à comunidade de maneira que ela olhe para a sua realidade em relação à dengue e, a partir disto, reflita e construa ações de enfrentamento do problema”, afirma.

As atividades de intervenção poderão ser constituídas por campanhas de limpeza; intervenções para promover atividades de redução de criadouros de mosquitos; colaboração com serviços comunitários e municipais para melhorar coleta de lixo e cobrir lixeiras; visitas escolares; manifestações artísticas ou competições esportivas, dentre outras. O objetivo da pesquisa é identificar e mensurar o impacto dessa intervenção na redução dos casos de dengue.

O pesquisador Andrea Caprara, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Uece, chama atenção para a importância do engajamento da população nessas ações, diante da oportunidade para a saúde pública local. “O trabalho dos coletores de dados de realizar visitas casa a casa é de extrema importância, pois é por meio da visita domiciliar que o projeto poderá ser tocado. Com esse trabalho será possível identificar quais são as áreas de risco de maior probabilidade de transmissão da dengue e quais as melhores ações a serem tomadas para reduzir a incidência da doença”, explica.