Revista DoCEntes é reconhecida com excelência pela Capes
27 de novembro de 2019 - 10:59 #periódico acadêmico #Qualis A4 #SEDUC
Bruno Mota - Ascom Seduc Texto
Rosane Gurgel Foto
O Ceará é o único estado brasileiro a financiar a publicação de um periódico acadêmico destinado à exposição de pesquisas desenvolvidas por professores. A Revista DoCEntes, lançada pela Secretaria da Educação (Seduc) em 2016, agora dá um passo além e recebe o selo Qualis A4, reconhecimento concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), instituição que regulamenta as normas de publicações científicas, vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
Na prática, isto significa que os trabalhos veiculados na Revista alcançarão mais destaque e projeção, proporcionando aos autores melhores chances de concorrer a seleções de pós-graduação e à ascensão na carreira.
O secretário executivo do Ensino Médio e Profissional, Rogers Mendes, entende que há um grande potencial a ser explorado entre os profissionais da rede estadual do Ceará. “Existem muitos professores produzindo saberes científicos em nossas escolas, e a nossa intenção não é apenas reconhecer o talento daqueles que já são autores, mas, principalmente, incentivar aqueles que ainda não tiveram a oportunidade desenvolver estudos, que possam se desafiar também, pois vale muito a pena”, considera.
A Coordenadoria de Gestão do Ensino Médio da Seduc (Cogem) esteve à frente da implantação da revista, inserida no Programa Professor Aprendiz, diante da necessidade de valorizar o protagonismo docente por meio da prática de pesquisas. O gerenciamento da publicação é feito pelo Centro de Documentação e Informações Educacionais da Seduc (CDIE), coordenado por Paulo Venício Braga e tendo como editor Rosendo de Freitas Amorim.
Conforme lembra Paulo Venício, que também é membro da Comissão Técnico-científica da Revista, o professor da rede pública estadual agora tem um motivo a mais para seguir produzindo conhecimento. “Isso vai incentivar o professor a querer encaminhar as suas pesquisas para serem publicadas na revista, pois existe um reconhecimento ao periódico, algo que o chancela”, observa.
Na concepção de Paulo, alguns fatores foram determinantes para que o resultado fosse alcançado, entre eles, a gestão de informações feita por meio da plataforma Open Journal Systems, que permite o gerenciamento de periódicos acadêmicos revisados por pares.
Comissão
Um dos pontos de grande relevância para a conquista foi a formação de uma comissão científica composta por professores considerados de referência. Por fim, mais uma razão para a obtenção do reconhecimento foi a regularidade e a periodicidade no lançamento de novas edições, imprimindo vigor e continuidade ao processo. Desde dezembro de 2016, 10 números já foram publicados, de forma quadrimestral.
“Outro aspecto importante é que a Seduc é, por essência, uma secretaria de cunho executivo, e não, uma agência fomentadora de pesquisa. Mas, mesmo assim, se preocupa em promover este tipo de incentivo aos professores”, conclui Paulo Venício.
Alcance
A Revista DoCEntes tem divulgação por meio digital (revistadocentes.seduc.ce.gov.br) e também impresso, com tiragem de 4 mil exemplares a cada edição. O material é distribuído em bibliotecas, escolas da rede pública estadual e Secretarias de Educação de outros estados.
O periódico prestigia trabalhos originais e inéditos de educadores, sob forma de artigos, resenhas, relatos de experiência, projetos de jogos e resumos de teses e de dissertações. A submissão é aberta, bastando fazer o cadastro no site.
Para Rosendo Amorim, editor da revista, ficou evidente que o professor de sala de aula também é um produtor de conhecimento.”Os professores que são preocupados em produzir pesquisas e publicá-las demonstram que estão ativos, que não apenas ministram aulas, mas também seguem estudando, escrevendo sobre suas experiências e divulgando-as”, avalia.
A Revista DoCEntes tem o objetivo de disseminar conhecimento, dar visibilidade aos avanços científicos, conferir propriedade intelectual dos achados, preservar a memória e a fonte educacional, com função social e política.