Polícia Civil promove encontro de equipe do 5° DP e dono da cadela Mel após resgate em Fortaleza
7 de janeiro de 2020 - 09:10 #5º DP #cadela mel #desaparecida #PCCE #resgate #SSPDS
Ascom da SSPDS
Suave como os cantos dos pássaros ao seu redor. Esta é a vida que o senhor Carlos Bessa tenta levar na cidade de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Em sua casa, é possível conhecer vários animais que ele cuida com muito amor e dedicação. Entre eles, está a Mel, a dócil cadela da raça Golden Retriever, de cinco anos de idade. A integrante de quatro patas, que faz parte da família Bessa, é uma das personagens principais de um caso elucidado pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), com o apoio da ferramenta tecnológica da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o Sistema Policial Indicativo de Abordagem (Spia), na quinta-feira (2), em Fortaleza.
Após saltar do veículo em um semáforo quando ia ao veterinário, a cadelinha desapareceu, para a angústia de seus donos. Foi então que uma equipe do 5° Distrito Policial (DP), após tomar conhecimento do fato, investigou e chegou à sua localização. Com o final feliz que essa história ganhou, a Polícia Civil promoveu, nesta segunda-feira (6), o reencontro da equipe da delegacia distrital, os inspetores Joel Chaves e José Raulino, com Mel e Carlos, que ficou emocionado e agradecido pelo empenho dos policiais civis.
Em sua casa, Carlos aproveita para apresentar, além da própria Mel, os seus pássaros, bem como a sua segunda cadelinha, a yorkshire Nina. Durante a conversa para narrar como tudo aconteceu, ele comentou o nervosismo que se abateu sobre ele, naquele dia.
“Há tempos, nós não queríamos que a Mel tivesse filhote, mas ela engravidou por acidente. Não queríamos porque eu não crio animais para comércio, tanto é que eu não vendi nenhum dos filhotes, mas sim doei todos. Depois disso, eu a percebi mudando, emagrecendo, e depois de alguns meses, ela começou a ter um sangramento. Levei ao veterinário, e ele me falou que poderia ser câncer. Nesse mesmo dia, eu agendei a consulta, com outro veterinário, e quando eu estavaa caminho, no José Walter, por eu me sentir muito nervoso, tremendo, eu não percebi quando ela pulou do veículo. Eu fiquei muito aflito”, conta.
Depois disso, ele refez o caminho, mas não encontrou a dócil cadelinha. No entanto, um popular repassou a placa do veículo que havia resgatado Mel. Com a informação, Carlos procurou o 5° Distrito Policial, onde foi recebido pelos inspetores Joel Chaves e José Raulino. As apurações iniciaram com a inclusão da placa do carro no Spia. Os policiais civis localizaram o veículo, na Barra do Ceará. Uma motorista, agindo de boa-fé, resgatou a Mel e já havia levando a golden ao veterinário em razão do sangramento. Além disso, a mulher também estava tentando localizar os donos. O desfecho foi o melhor que essa história poderia ter: Mel voltou aos braços de sua família, em segurança.
Quando questionado sobre o que ele sentiu naquele momento de tantas incertezas, Carlos Bessa se emociona e lembra que há cinco anos passou por uma fase difícil da vida, quando teve depressão. Elenarra como os bichos de estimação o ajudaram no processo de superação da doença. “Eu tive o auge da doença quando a Mel chegou à nossa família. Então assim, há cinco anos eu luto, tenho altos e baixos, e eu tenho plena certeza que meus animais são uma terapia muito grande, porque eles me transmitem muito amor. Minha vida é muito corrida, mas tenho o prazer de todos os dias, seja de manhã ou à noite, de cuidar de todos eles. Então, esse contato me ajuda muito. Porque quando você tem esse problema, muitas vezes você está no meio de uma multidão e se sente muito sozinho. É algo que não dá para explicar. E os bichos reconhecem quando você está triste, quando você está feliz ou quando você não está para brincadeira. É como eu digo sempre: só sabe reconhecer o amor de um animal quem gosta de animais”, explicou.
Com muitos pulos de alegria, Mel recebeu a dupla de policiais civis que a resgataram naquela tarde. Uma parte mais cômica, durante do encontro, foi o momento quando a golden decidiu entrar na viatura da Polícia Civil. “Quando nos deparamos com um caso desses e obtemos êxito, isso não tem preço. O sentimento de gratidão também é nosso, de podermos estar ali naquela hora e de poder ajudar. Então, não há dinheiro que pague, porque ele (Carlos) chegou desesperado. E até então nem sabíamos o que havia por trás da história da Mel, e agora que estamos sabendo, a emoção é ainda maior”, disse Joel Chaves, inspetor do 5° DP.
O momento de gratidão foi encerrado com as palavras de agradecimento de Carlos, que ressaltou também o tratamento recebido pelos policiais civis. “Eu diria para elas que onde eu bati, eu não encontrei pessoas quefizessem diferença entrea uma vida de ser humano e a vidade um animal. Eu me deparei com pessoas comprometidas, responsáveis e com uma única certeza, que elas estão ali para servir, e servir bem. Se eu tivesse toda a riqueza do mundo, eu não teria como pagar. Eu vi muito amor ao próximo e respeito à profissão deles. O que eu tenho a dizer é muito obrigado. Naquele dia eu me senti o cara mais orgulhoso do mundo, porque eu podia bater no peito e dizer que eu me senti o brasileiro que todo brasileiro merece ser”, finalizou Carlos Bessa.