Mais de 21 mil mulheres atendidas nos espaços de proteção à mulher em situação de violência
17 de janeiro de 2020 - 13:24 #Casa da Mulher Brasileira #Enfrentamento à Violência Contra a Mulher #Proteção Social #SPS
Camille Soares - Ascom SPS Texto
Drawlio Joca Fotos
A Casa da Mulher Brasileira e a Unidade Móvel atenderam, em 2019, 21.295 mulheres em situação de violência. A Casa da Mulher Brasileira atendeu mais de 36 mil mulheres cearenses, em 18 meses de funcionamento, o que representa uma média de 68 atendimentos por dia. O equipamento vem acolhendo e oferecendo novas perspectivas a mulheres vítimas de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino. Somente em 2019, 18.720 mulheres buscaram os serviços da unidade pela primeira vez. Localizada dentro da Casa, a Delegacia de Defesa da Mulher registrou um total de 13.358 atendimentos no mesmo período.
Coordenado pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), o equipamento é referência no Ceará por prestar assistência integral às mulheres em situação de violência de gênero. A Casa conta com o apoio de parceiros especializados e concentra, em um único lugar, os serviços da Delegacia de Defesa da Mulher, Defensoria Pública, Ministério Público e Juizado Especial, além de garantir atendimentos psicossocial e de capacitação profissional às mulheres.
“Temos a consciência de que é preciso ampliar os espaços de acolhimento a essas mulheres em situação de violência. Assim como dar a elas conhecimento sobre seus direitos. É com essa perspectiva que estamos criando as Casas da Mulher Cearense”, observa a titular da SPS, Socorro França.
“Na Casa temos todos os órgãos de enfrentamento à violência contra mulheres, que são atendidas aqui independente de ter ou não encaminhamento em mãos. Conseguimos conquistar a confiança delas de que estão em um local seguro, onde serão ouvidas sem julgamentos e onde poderão desenvolver ou descobrir suas habilidades, alcançando autonomia financeira para se libertarem das opressões”, explica a coordenadora da unidade, Daciane Barreto.
Com o objetivo de abrir portas para a independência financeira desse público, a Casa da Mulher Brasileira também investe em qualificação profissional. Em 2019, mais de 100 mulheres foram capacitadas pelo setor de Autonomia Econômica em cursos de Recepcionista, Designer de Sobrancelhas, Manicure e Pedicure, além de participarem de oficinas sobre Empreendedorismo e Mundo dos Negócios. “Trabalhamos para que elas enxerguem todo o potencial que carregam dentro de si. Tenho muito orgulho de entrar nas salas dos cursos e ver a sede de cada uma das alunas por aprender algo novo ou por perceber que não estão sozinhas em suas lutas diárias para sobreviver e enfrentar o machismo e a violência”, conta a coordenadora do setor, Danielle Cordeiro.
Unidade Móvel
Em 2019, a Unidade Móvel de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher percorreu 32 municípios e atendeu 2.575 mulheres, através de rodas de conversa e, quando necessário, atendimentos individuais por psicóloga e assistente social. O ônibus também chegou a 80 distritos e 12 macroregiões do Estado.
“Nosso intuito é levar a comunidades mais distantes, informações que possibilitem às mulheres da Capital, do campo, serras e litoral, a equidade de direitos e o empoderamento feminino, considerando que a violência sofrida pelas mulheres no campo pode atingi-las de formas distintas da cidade. Com o ônibus é possível chegar a assentamentos, aldeias indígenas e comunidades rurais e quilombolas em todo o Ceará”, destaca a secretária-executiva de Políticas Públicas para Mulheres, Denise Aguiar.
Além de alertas sobre as diversas formas de violência física, verbal e psicológica a que podem ser submetidas no cotidiano, a equipe da SPS proporciona às mulheres orientações sobre seus direitos, Lei Maria da Penha e onde denunciar casos de agressão. As técnicas da SPS realizam também encaminhamentos para a rede de enfrentamento à violência contra a mulher, como Delegacia de Defesa da Mulher, Centros de Referência, CRAS e CREAS.LGBT.