SSPDS e seus 23 anos: como a pasta se inovou para enfrentar cenários desafiadores
18 de maio de 2020 - 18:50 #Ciops #PMCE #tecnologia
Ascom SSPDS
Os desafios trazidos pelo novo coronavírus (Covid-19) nos últimos meses demandam de todos a reinvenção de algumas práticas, a partir da imersão em um cenário desconhecido e de proporções globais. Com o impacto em todos os âmbitos e diante de uma situação atípica, aos poucos vamos nos adaptando a um estilo de vida diferente. Confirmando, assim, que a busca pela reinvenção tem sido o lema por trás da ascensão humana ao longo dos anos. É dessa maneira que a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) tem trabalhado a serviço da população durante os seus 23 anos de existência completados neste mês de maio. A pasta tem se moldado aos diferentes cenários, analisando-os com inteligência e concluindo que essa é a receita para alcançar melhorias. Neste momento de pandemia, não seria diferente.
Por desempenharem um serviço essencial, a SSPDS e suas vinculadas seguiram com suas atividades de combate à criminalidade e de orientações à população diuturnamente e sem alterações. Em seu prédio situado no bairro São Gerardo, em Fortaleza, funciona a sede da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), uma das peças fundamentais dessa estrutura e que exemplifica como o passar do tempo e o avanço da tecnologia acrescentaram novas exigências ao cenário da segurança pública.
É nela onde se concentram as imagens do Núcleo de Videomonitoramento (Nuvid) e suas mais de 3.300 câmeras espalhadas pelo Estado. Além dos olhares atentos dos servidores que ali atuam, existe ainda o uso da inteligência artificial do Sistema Policial Indicativo de Abordagem (Spia). Nesse processo foi fundamental que o homem e a tecnologia dialogassem para que os resultados efetivos fossem alcançados. O aprimoramento do tirocínio policial e a criação de novas estratégias que deixassem para trás práticas obsoletas também foram indispensáveis durante esse caminho percorrido pela Secretaria.
“Essa é uma pasta que tem uma função fundamental para a vida e para a paz da população cearense, e que se reinventa, que cria, que inova e que não tem medo de fazer diferente ao enfrentar as constantes adversidades. Isso reflete desde os fortes investimentos em novas tecnologias, como as novas estratégias criadas, a exemplo do combate à mobilidade do crime e do Sistema Policial Indicativo de Abordagem (Spia), até a forma de gerí-la com excelência”, explicou André Costa, secretário da SSPDS.
Durante esse período de pandemia e isolamento rígido em Fortaleza para conter o avanço do novo coronavírus, a tecnologia foi adaptada às necessidades dos momentos. Os olhares das câmeras foram além das ações preventivas e ostensivas de combate às práticas criminosas, como roubos e furtos. Agora elas também auxiliam nos trabalhos de fiscalização e orientação da Polícia Militar do Ceará (PMCE) à população. Além da sua utilização nas barreiras fixas e nas blitze móveis, o Nuvid também tem sido fundamental para detectar aglomerações de pessoas em locais públicos.
“O policial que está na ponta precisa estar munido de informações precisas sobre o que está acontecendo. Ou seja, ele será orientado para qual local se deslocar e onde realizará uma abordagem segura por meio de um cerco inteligente. Já nesse momento de pandemia, nós utilizamos bastante essa tecnologia no controle e fiscalização ao decreto estadual. Conseguimos visualizar os corredores comerciais, as feiras, areninhas e locais onde as pessoas costumavam frequentar. Além disso, observamos se os pontos em funcionamento adotaram medidas de segurança e se estão evitando a aglomeração de pessoas. O mesmo ocorre naqueles estabelecimentos que venham a desrespeitar as normas do decreto. Hoje, o Núcleo de Videomonitoramento detêm os olhos da Segurança Pública”, disse o tenente coronel PMCE Alber Campos, supervisor do Nuvid.
A tecnologia na palma da mão
Mais do que nunca os aplicativos para smartphones estão em destaque para que a população permaneça em seus domiíclios. Eles facilitam a vida de seus usuários em geral ao disponibilizarem serviços de streaming, delivery, compra e venda de produtos, entre outros. Também se adaptando a essa nova era, a Secretaria da Segurança desenvolveu ferramentas que otimizam o trabalho das vinculadas, permitindo uma resposta rápida aos processos policiais na ponta. É o caso do Portal do Comando Avançado (PCA), que está disponível para todos os profissionais de segurança cearense. Por meio dele, o agente consulta nomes e placas, além de poder cadastrar informações durante as abordagens realizadas nesse período de quarentena.
Ainda por meio desse aplicativo, a Secretaria inovou e se tornou a primeira pasta no Brasil a utilizá-lo com um leitor biométrico acoplado ao smartphone. Apenas com a digital da pessoa abordada é possível realizar uma pesquisa na base de identificação civil e chegar ao nome da pessoa, em casos quando não há uma apresentação de documento oficial. Outro mecanismo é o reconhecimento facial, disponível também por meio do PCA. Com uma foto, a ferramenta realizará consultas que culminarão na identificação do abordado. Para uma próxima etapa desse processo que envolve estudiosos policiais e não policiais, a Segurança do Ceará pretende adaptá-la às mais de 3.300 câmeras em todo o Estado.
O trabalho realizado pelo ser humano e pelas ferramentas tecnológicas, nesse contexto, se enquadra na visão de futuro denominada “Segurança Pública 4.0”, que possui pontos em comum com a “Indústria 4.0”, em que toda atividade de suporte à ação policial funciona como uma simbiose de processos aplicados ao contexto da Segurança Pública, na busca pela industrialização de modelos de resposta baseados em dados e informações.
O superintendente de Pesquisa e Estratégia da Segurança Pública (Supesp), Aloísio Lira, instituição vinculada à SSPDS, salienta que para se adaptar à quantidade crescente de informações, a Secretaria da Segurança precisou criar um ecossistema de tecnologia.
“A SSPDS passa por uma grande transformação no que diz a respeito sobre o tratamento e análise de dados. Devido a quantidade crescente de informações, construir uma plataforma que fosse possível cruzar todas essas informações, dando uma resposta em tempo hábil para as ações policiais, era fundamental. Mas para que isso ocorresse era preciso construir todo um ecossistema de tecnologia desde a parte de coleta de dados na ponta, durante a ocorrência, até um robusto sistema de processo de dados, que utiliza técnicas de Big Data para poder cruzar essas informações. Traçando assim perfis e parâmetros de atuações delitivas, que venham a subsidiar estudos que vão desaguar em modelos de policiamento com maior precisão”, explicou.
Como dito anteriormente, a SSPDS e as demais instituições continuaram seus trabalhos mesmo em tempos tão restritos. Seja presencialmente nas ruas, ou durante reuniões por videoconferência, a pasta se manteve assídua no desenvolvimento de novas ideais. Uma delas está prevista para ser lançada nos próximos dias e facilitará a vida da população e policiais, durante o período de isolamento facial.
“A pandemia é algo que nossos policiais e servidores não enfrentaram antes, bem como é um desafio nunca vivido por nenhum gestor da SSPDS. Mas o que nós buscamos são inovações e governança, além de um forte trabalho em equipe. Acima de tudo, temos a liderança do governador Camilo Santana, o que nos dá a certeza que passaremos por esse momento tão difícil e continuaremos a trabalhar firmemente em prol da sociedade”, finalizou André Costa.