Pesquisa estima que 370 mil fortalezenses já têm anticorpos contra Covid-19
19 de junho de 2020 - 17:08 #anticorpos #Fortaleza #pesquisa #saúde #Sesa #Testagem
Martina Dieb - Ascom Sesa - Texto
Tatiana Fortes e Fátima Holanda - Fotos
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) apresentaram, em coletiva virtual de imprensa nesta sexta-feira (19), o balanço da primeira fase da pesquisa de soroprevalência realizada na capital cearense. O levantamento, que avalia os impactos do coronavírus no Estado, estima que 370 mil fortalezenses já têm anticorpos contra a Covid-19.
A pesquisa é promovida pelo Governo do Ceará, por meio da Sesa, e Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), realizada pela Prefeitura de Fortaleza e Instituto Opnus. O levantamento é dividido em três fases. A primeira ocorreu entre os dias 2 e 15 de junho e testou 3.300 pessoas. 14,2% dos participantes foram diagnosticados com Covid-19. As Regionais I, III e VI de Fortaleza apresentam a maior incidência de casos.
Em cada uma das etapas, serão realizados 3.300 testes, totalizando 9.900 exames ao final do levantamento. O secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Sobrinho Rodrigues (Dr. Cabeto), destacou a relevância do estudo. “Essa avaliação foi realizada para que tenhamos um conhecimento adequado sobre a situação que estamos vivemos, com pontos muito relevantes em relação a outras pesquisas realizadas no Brasil, pelo fato de seguir também o caminho da transparência, além do adequado rigor científico para a tomada de decisões”, ressaltou.
Cerca de 250 profissionais, entre agentes comunitários, enfermeiros e pesquisadores, testaram moradores de 39 bairros de Fortaleza, distribuídos em 210 setores censitários e escolhidos por sorteio. As pessoas testadas são submetidas a um exame de biologia molecular e a um teste rápido, cujo resultado sai em apenas 15 minutos. Os participantes também respondem um questionário para informar condições socioeconômicas, possíveis sintomas e medidas de prevenção.
Todos os pesquisadores estão identificados com crachá e entregam aos participantes um termo de consentimento. Como medida de segurança, os profissionais contam com Equipamentos de Proteção individual (EPIs) e adotam os protocolos recomentados pelos órgãos de saúde.
A coletiva contou, ainda, com a participação da secretária de Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, e do gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da SMS, Antônio Silva Lima Neto. De acordo com a titular da Saúde da capital cearense, o monitoramento realizado pela pesquisa é essencial para a tomada de decisões.
“Tivemos, felizmente, a queda de casos e de óbitos. E esse monitoramento com base na comunidade científica internacional nos auxilia muito. Para fazermos uma flexibilização de isolamento na capital com segurança, precisamos de três fatores: monitoramento de dados epidemiológicos, monitoramento das questões assistenciais e a testagem, que é o que fizemos em relação ao inquérito de soroprevalência”, disse.
Pesquisa no interior
A pesquisa de soroprevalência também está sendo aplicada em Sobral, no interior do Estado. O levantamento teve início no município na última quinta-feira (19), com a aplicação de 800 testes na primeira das três fases. Ao todo, serão realizados 2.400 exames no município.
“Nós sabemos que o isolamento é uma restrição grande para a população, mas necessária. Nós temos uma realidade dura no mundo inteiro, mas o Ceará tem um resultado positivo. Estamos sempre aprendendo e isso inclui a capacidade de reconhecermos que muitos aspectos da gestão pública podem ser mudados para levar atendimento de qualidade ao cidadão. A Sesa tem se dedicado de uma maneira muito intensa para superar todas as dificuldades deste momento”, finalizou Dr. Cabeto.
Ouça:
O secretário da Sesa, Carlos Roberto Martins Sobrinho Rodrigues, o Doutorr Cabeto, destaca a relevância do estudo.
Segundo Dr Cabeto, realizar outras etapas de avaliação assegura entendimento para avançar de fases de abertura das atividades no estado.
O titular da Sesa destaca o esforço mútuo, da população e da gestão pública, no enfrentamento à pandemia.
O secretário da Saúde do Ceará destaca o legado positivo que a pandemia vai deixar.