Campanha Ceará sem Racismo se fortalece nas redes sociais durante pandemia
24 de junho de 2020 - 14:58 #Ceará sem racismo #SPS
Ascom SPS - Texto
Ainda que seja uma violação grave dos direitos humanos, o racismo segue ativo no País, discriminando a população negra e os povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, povos de terreiro e ciganos) e perpetuando a cultura histórica de discriminação. No Ceará, porém, a luta contra esse preconceito ganha força e participação popular com a campanha Ceará Sem Racismo – Respeite minha história, Respeite minha diversidade, executada pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos. O período de pandemia combinado à efervescência da temática antirracista fizeram com que a campanha ganhasse força no ambiente virtual.
Desde o início da pandemia, já foram 20 encontros virtuais, entre transmissões ao vivo, aulas online e webinars. “Essa campanha põe no centro das comunidades, o debate racial, a necessidade de enfrentarmos o racismo, a partir da justiça e do modelo de desenvolvimento desses povos”, acrescenta a coordenadora de políticas públicas para promoção da igualdade racial da SPS, Zelma Madeira. Ela lembra que esta é uma campanha pública, transversal e que permeia toda a sociedade.
A campanha Ceará sem Racismo já promoveu eventos em 13 municípios cearenses, percorrendo secretarias municipais, comunidades quilombolas e aldeias indígenas. São realizadas rodas de conversas, palestras, seminários e distribuídas cartilhas educativas, cartazes e panfletos sobre igualdade racial.
A campanha se propõe a acionar a memória das pessoas e valorizar o sentimento de pertença, estampando no material impresso e digital distribuído imagens de heróis do Brasil e do Ceará, que simbolizam resistência e representação identitária, como Zumbi de Palmares, Dragão do Mar, Preta Simoa, Mãe Menininha do Gantois, Cacique Daniel do povo Pitaguary de Maracanaú, entre outros. “Outro aspecto bem legal dessa campanha é a forma como ela se relaciona com o público, sempre levando a imagem dos nossos heróis, personagens da nossa história que têm estreita relação e compromisso social com os povos que representam”, frisa Zelma Madeira.