Diversificação da matriz garante segurança hídrica de Fortaleza
14 de julho de 2020 - 16:50 #cagece #Observatório de Fortaleza #UFC #webinar
Ascom SRH
A evolução observada no Sistema de Recursos Hídricos do Ceará resultou em uma sólida estrutura institucional de gestão e uma expressiva infraestrutura hídrica de açudes, poços, adutoras e eixos de integração entre as bacias hidrográficas. O conjunto dessas ações ampliou a garantia de oferta hídrica e tornou o Ceará um estado mais resiliente aos períodos de seca
O secretário de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, Francisco Teixeira participou na tarde desta terça-feira (14), do 3º Webinar do Observatório de Fortaleza, que abordou o tema “Segurança Hídrica de Fortaleza: avanços e desafios”. O assunto foi debatido também pelo presidente da Cagece Neuri Freitas e pelos professores/doutores da UFC Itabaraci Cavalcante e Assis Filho.
Em sua participação, o secretário Teixeira falou da diversificação da matriz hídrica para garantir água na capital. “Temos buscado estabelecer alguns pilares importantes para se trabalhar a gestão hídrica do Ceará e uma delas é a diversificação da matriz hídrica. Podemos citar Fortaleza como um grande exemplo, pois evitamos o colapso hídrico de nossa capital com a diversificação das fontes hídricas. Chegamos a abastecer Fortaleza com 12 matrizes diferentes, contando com açudes, sistemas hídricos e águas subterrâneas”. O secretário ainda ressaltou o controle que se tem com a água utilizada. “A utilização da água subterrânea deve vim acompanhada de uma outorga de uso, que garante o poder de utilizar a água. A utilização da água sem a outorga pode acarretar no lacre do poço profundo”.
A evolução observada no Sistema de Recursos Hídricos do Ceará resultou em uma sólida estrutura institucional de gestão e uma expressiva infraestrutura hídrica de açudes, poços, adutoras e eixos de integração entre as bacias hidrográficas. O conjunto dessas ações ampliou a garantia de oferta hídrica e tornou o Ceará um Estado mais resiliente aos períodos de seca.
O secretário explanou também, durante a apresentação, o sistema de água subterrânea, que é utilizado em diversos condomínios, residências e empresas de Fortaleza. “A água subterrânea, ou seja, os poços profundos foram grandes parceiros na luta contra a grande seca que vivemos. Muitos prédios possuem seu próprio poço, assim como empresas e casas. A água ameniza o uso de fontes de água alternativas, que são usadas com mais cautela”, explicou.
Outra alternativa encontrada para amenizar o uso das fontes hídricas foi o reuso de água, utilizado principalmente pelas indústrias, que diminuíram consideravelmente a quantidade de água utilizada, segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos.
Política de energia e política de água
Durante sua apresentação, o secretário Teixeira fez uma comparação da política hídrica com a política de energia do Brasil. “Hoje a energia que recebemos em casa pode ser solar, eólica, sistema interligado, termoeléctrica, hidroeléctrica ou outra matriz de distribuição, fazendo com que todas as pessoas, ou a grande maioria dela, tenham acesso a alguma fonte de energia, e assim temos trabalhado a política de água, precisamos manter as diversas matrizes hídricas para garantir o fornecimento de água no nosso Estado. Essa diversificação nos permite uma segurança quase que absoluta. ”.
Buscando ampliar a segurança hídrica do Estado, garantindo condições qualitativas e quantitativas de fornecimento de água para o abastecimento dos núcleos urbanos e complementarmente de comunidades rurais situadas ao longo dos sistemas adutores a serem implantados, a Secretaria dos Recursos Hídricos e suas vinculadas desenvolveram o Programa Malha D’água, que vai dar continuidade na garantia hídrica do Estado do Ceará.
Malha D’água
A seca dos últimos anos trouxe consequências para o sistema, levando os principais reservatórios a exaustão de suas potencialidades e evidenciando a vulnerabilidade das captações de alguns sistemas adutores, situadas a fio d´água nos rios perenizados pelos reservatórios.
Neste contexto, propõe-se uma nova estratégia para o abastecimento de água dos núcleos urbanos do Ceará, que, indiretamente, influenciará a dinâmica de oferta hídrica para os demais usos. Idealizado a partir da experiência da implantação e operação do atual sistema de infraestrutura hídrica, observando, principalmente, as suas fragilidades, surge o Projeto Malha d’Água. A proposta é adensar a rede de adutoras, considerando todos os centros urbanos do Estado, com captação realizada, diretamente, nos mananciais com maior garantia hídrica e implantação das ETAs junto a estes reservatórios para posterior adução aos núcleos urbanos integrados ao sistema.
O secretário Francisco Teixeira participou na tarde desta terça-feira (14), do 3º Webinar do Observatório de Fortaleza, que abordou o tema “Segurança Hídrica de Fortaleza: avanços e desafios”. O assunto foi debatido também pelo presidente da Cagece Neuri Freitas e pelos professores/doutores da UFC Itabaraci Cavalcante e Assis Filho.
A nova concepção dos sistemas adutores congrega um conjunto de características específicas, que resultarão em uma matriz hídrica diferenciada para o Estado, tanto pela malha de adutoras de água tratada proposta, quanto pela categorização dos reservatórios com destinação prioritária para o abastecimento humano.
O primeiro sistema adutor do Programa Malha D’água será implantado no sistema Banabuiú- Sertão Central, atendendo 9 sedes municipais e 37 sedes distritais.
Ouça:
Em sua participação, o secretário Francisco Teixeira falou da diversificação da matriz hídrica para garantir água na capital.
O secretário Francisco Teixeira explanou também, durante a apresentação, o sistema de água subterrânea, que é utilizado em diversos condomínios, residências e empresas de Fortaleza.
Francisco Teixeira ressaltou ainda outra alternativa encontrada para amenizar o uso das fontes hídricas foi o reuso de água, utilizado principalmente pelas indústrias, que diminuíram consideravelmente a quantidade de água utilizada, segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos.