Gerente da Funceme comenta resultado da quadra chuvosa

17 de julho de 2020 - 10:28 # #

Ascom Ematerce l - Texto e Fotos


À convite do diretor técnico da Ematerce, Itamar Lemos, a gerente de Metereologia da Fundação Cearense de Metereologia e Recursos Hídricos, Meiry Sakamoto, apresentou uma avaliação da quadra chuvosa de 2020. O evento, realizado por meio de videoconferência, na última quarta-feira (15), contou com as participação de gerentes regionais e locais, assessores do Centro Gerencial da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural e extensionistas do interior do Estado.

As chuvas registradas na última quadra chuvosa ficaram acima da média histórica pela primeira vez desde 2009. Segundo dados da Funceme, o Estado do Ceará contabilizou 734,6 mm no quadrimestre, ou 22,3% acima da média histórica de 695,8 mm. Somente os anos de 2009 (965,7 mm) e 2008 (768,2 mm) haviam atingido este patamar, segundo a Fundação. Outro ponto alto da última quadra chuvosa, de acordo com Meiry Sakamoto, foi a distribuição espacial das chuvas.

Entre fevereiro e maio, a macrorregião do Cariri foi a que teve maior variação positiva de chuvas. Com 864 mm, o índice ficou 39,9 % acima do normal para região. Na sequência aparece o Litoral de Fortaleza, com um volume de 1.050,2 mm e chuvas 31,8% acima da média. “Embora algumas áreas isoladas possam não ter sido tão beneficiadas pelas chuvas, de um modo geral, as precipitações foram melhor distribuídas”, avaliou a gerente Meiry Sakamoto.

Segundo ela, em fevereiro, março e parte de abril, as condições do oceano Atlântico favoreceram o posicionamento da Zona de Convergência Intertropical sobre o Nordeste do Brasil, “levando chuvas, inclusive, para o interior do Ceará”. “Estes números, embora preliminares, confirmam os prognósticos climáticos divulgados em janeiro e fevereiro. É o melhor resultado desde 2009, quando as precipitações ficaram 60,8% acima da média”, confirma a gerente da Funceme.

O resultado também verteu em impacto positivo nos reservatórios do Estado. Os 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) atingiram a marca de um terço da capacidade, sendo que 35 reservatórios excederam a capacidade máxima no período. Segundo os últimos dados da Cogerh, hoje, 15 açudes se encontram sangrando, 70 comportam 70% da capacidade total e 49 armazenam menos de 30% da carga máxima.