Saúde divulga resultado da segunda fase de pesquisa sobre Covid-19 em Fortaleza

5 de agosto de 2020 - 15:27 # # # # # #

Fátima Holanda - Ascom Sesa - Texto
Carlos Gibaja e Fátima Holanda - Fotos

Na manhã desta quarta-feira, 5 de agosto, gestores da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e Secretaria de Saúde de Fortaleza divulgaram através de coletiva de imprensa o resultado da segunda fase da pesquisa de soroprevalência. A pesquisa ocorreu entre os dias 13 e 20 de julho. Foi realizada através dos exames de teste rápido e do swab nasal para RT-PCR, onde mostram a imunidade e circulação viral, respectivamente.

“A pesquisa de soroprevalência é uma atividade que se faz para avaliar tanto a circulação viral atual como a imunidade. Sabemos que algumas coisas ainda não estão claras em relação à Covid-19, se essa imunidade é permanente e quanto que é duradoura”, ressaltou a secretária de Vigilância e Regulação da Sesa, Magda Almeida.

Nesta segunda fase, o resultado dos testes rápidos mostrou que 13,1% da população já tem anticorpo da Covid-19 em Fortaleza. Já o RT-PCR revelou que 1,1% é positivo. Ou seja, a circulação viral nas regionais do município foi muito baixa, com destaque para a Regional II.

“Além da pesquisa de soroprevalência, podemos avaliar a situação viral no município através do teste de RT-PCR. A informação da circulação viral associado com os dados epidemiológicos e assistenciais apontam que realmente o município de Fortaleza está numa fase ainda em epidemia, mas com baixa circulação viral”, afirmou a secretária de Saúde de Fortaleza, Joana Maciel.

Dos 121 bairros que existem na capital, 117 passaram pela avaliação da segunda etapa da pesquisa de soroprevalência. Foram realizados 3.300 testes rápidos e coleta de swab nasal para RT-PCR, além de entrevistas com os moradores na segunda fase. A pesquisa conta com a parceria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e do Instituto Opnus.

“Lembro que não podemos relaxar. Esse movimento de abertura das atividades responsável faz com que todos nós sejamos responsáveis para manutenção desse status. É importante ainda manter o distanciamento social, evitar aglomeração, fazer uso de máscara, lavagem de mãos com frequência e evitar estar em ambiente de trabalho com sintomas respiratórios. Sempre que apresentar sintomas respiratórios procurar a unidade de saúde para ser avaliado. Que a gente vença essa luta contra a Covid-19 o mais rápido possível”, enfatizou Magda Almeida.

Testagens

O teste rápido detecta a presença de anticorpos para o novo coronavírus. O resultado fica pronto em 15 minutos, após uma simples picada na ponta do dedo para a coleta de uma gota de sangue. Enquanto isso, os pesquisadores aplicam um questionário com informações sobre sexo, idade, escolaridade, condições de saúde e possíveis sintomas que o morador tenha sentido recentemente.

Já o RT-PCR é o teste de biologia molecular, que detecta a presença do vírus no paciente. Trata-se da coleta de amostras de secreção do fundo do nariz por meio da introdução de um swab (cotonete). As amostras para o RT-PCR não têm resultado imediato. Elas são encaminhadas ao Lacen para análise e os resultados ficam prontos após alguns dias. Além de Fortaleza, o Governo do Ceará, Fiec e Instituto Opnus realizam a pesquisa de soroprevalência em Sobral, na Região Norte, e em Iguatu, na região Sul do Ceará.

Como reconhecer o pesquisador

Os pesquisadores portam crachá de identificação, termos de consentimento para participação e panfleto informativo da pesquisa, bem como estão paramentados com todos os equipamentos de segurança: touca, avental, óculos, máscara e luvas. Todos são treinados para aplicação dos testes e sobre os procedimentos de biossegurança.

 

Ouça:

A secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Magda Almeida, destaca a importância da pesquisa de soroprevalência para orientação das autoridades de saúde na tomada de decisão sobre as políticas de saúde e a abertura das atividades econômicas.

A secretária da Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, destacou que a pesquisa pode apresentar a taxa de circulação viral na capital.

Magda Almeida reforça que a população deve manter os cuidados para evitar que haja mais circulação do vírus em Fortaleza.