R$ 46,4 milhões são investidos em adaptações e aquisição de insumos e EPIs para escolas da rede estadual
29 de setembro de 2020 - 16:52 #educação #retomada das aulas #SEDUC
Bruno Mota - Ascom Seduc - Texto
Carlos Gorila - Fotos
A secretária Eliana Estrela, junto com técnicos da Secretaria da Educação (Seduc), faz visitas a escolas da rede pública estadual, esta semana, para conferir as condições de retorno às aulas presenciais. Representações de alunos das unidades de ensino também participam destes momentos. Ao todo, estão sendo investidos R$ 46,4 milhões em adaptações nos espaços, incluindo a realização de obras, a aquisição de insumos e a compra de equipamentos de proteção individual (EPI). Os recursos são do Tesouro Estadual e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O decreto governamental Nº 33.742 autorizou uma nova fase de transição para a retomada da educação presencial para os 44 municípios da Região de Saúde de Fortaleza. Na rede pública estadual, poderão retornar, a partir de 1º de outubro, apenas as turmas da 3ª série do Ensino Médio e educação profissional, com 35% de capacidade. Neste momento, quase 90% das escolas estaduais nesta região estão aptas ao retorno. Entretanto, a decisão efetiva sobre a retomada em cada unidade de ensino será consensuada com alunos e professores, conforme lembra Eliana Estrela.
“Estamos propondo que as escolas realizem reuniões com os Conselhos Escolares, os Grêmios Estudantis e os pais, para avaliarem o cenário de retorno, ouvindo todas as representações de segmentos. Estamos nos organizando para voltar da melhor forma possível, com segurança e tranquilidade, cada escola no seu tempo, e precisamos levar em conta o que pensam os atores envolvidos. Estamos, também, conversando com os prefeitos, respeitando a autonomia de cada município e contribuindo no que for possível por meio do regime de colaboração. É por meio do diálogo que a gente constrói soluções”, ressalta.
Mudanças
Entre as adaptações físicas por que cada unidade de ensino está passando, incluem-se reformas de banheiros, instalação de pias nas entradas dos prédios, demarcações no piso e nos assentos indicando o distanciamento em filas e espaços de convivência, cartazes com instruções de prevenção ao covid-19, utilização de tapetes sanitizantes nos principais acessos e dispensadores de álcool em gel distribuídos em vários pontos. Além disso, a temperatura de cada pessoa é medida na entrada da escola.
O professor Diego Mourão, que leciona no Laboratório de Informática da Escola de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Dr. Ubirajara Índio do Ceará, localizada em Fortaleza, avalia que a escola está pronta para as atividades presenciais. “Estamos bem precavidos. Procuramos manter o bem-estar tanto dos alunos, como dos professores. Nos disponibilizamos a fazer o nosso melhor caso haja o retorno. As adaptações do espaço foram ótimas. Houve uma reforma, muito bem-vinda, ao longo dos últimos meses. Estamos nos adaptando a essa nova era”, pontua Diego, que é também presidente do Conselho Escolar.
Jackson Almeida de Lima é estudante da 3ª série do Ensino Médio na EEFM Antonieta Siqueira, onde integra o Grêmio Estudantil. O jovem considera que as medidas visando ao retorno são necessárias. “Tanto a escola tem que estar estruturada, como os alunos precisam colaborar. Não se pode levar a situação na brincadeira”, avalia.
Ana Beatriz Trajano, aluna da 3ª série do Ensino Médio na EEFM Gonzaga Mota, aposta no retorno em breve às aulas presenciais. “Queremos muito voltar, principalmente, porque estamos nos preparando para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Eu me sinto segura no ambiente da escola, acho que as adaptações foram importantes e serão poucos alunos frequentando ao mesmo tempo. Respondemos a um formulário dizendo se estávamos ou não nos sentindo bem para voltar. Gosto muito da escola, tanto do espaço como dos professores”, salienta.
Ouça:
Sobre a retomada, a secretária da Seduc, Eliana Estrela explica que o assunto está sendo tratado cautelosamente, seguindo processos de diálogos entre professores, pais e alunos, visitas e vistorias às unidades.
Hoje, quase 90% das escolas estaduais desta região estão aptas ao retorno. Contudo, para efetivar o retorno cabe consenso entre alunos e professores, como explica Elianna Estrela.