Ceará Científico: etapa regional expõe projetos inovadores de estudantes em Fortaleza
29 de novembro de 2019 - 15:58 #Ceará Científico #escolas #pesquisa #projetos científicos
Bruno Mota - Ascom Seduc Texto
Rosane Gurgel Fotos
O desenvolvimento de ideias inovadoras dentro da escola, com a participação ativa de alunos e a supervisão de professores, é incentivado pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), que instituiu a ação Ceará Científico na agenda anual das escolas públicas da rede estadual. A iniciativa, que busca popularizar a prática da pesquisa e da busca por conhecimento entre os estudantes, encontra-se na fase regional, após ter passado por seletiva escolar. Nesta sexta-feira (29), os trabalhos mais bem avaliados das unidades de ensino da capital, sob abrangência da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor), encontram-se em exposição no Centro de Negócios do Sebrae.
Nas demais áreas do estado, as 20 Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação passaram pelo mesmo processo. Os projetos científicos e culturais feitos pelos estudantes estão sendo avaliados por comissões técnicas, sendo que os melhores seguirão para a etapa estadual, que será realizada em Fortaleza, de 4 a 6 de dezembro próximo.
O projeto “desenho geométrico na construção de mandalas”, apresentado pelos estudantes Samuel Danilo Costa, de 15 anos, e Paulo Gabriel Gomes, de 17, tem auxiliado na aprendizagem da matemática pelos alunos da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Lions Jangada. Conforme os expositores, o trabalho também envolve a disciplina eletiva de Artes, criando um movimento de interdisciplinaridade.
Percepção
“O mandala geométrico é uma figura de forma concêntrica, que apresenta simetria e repetição de desenhos a cada lado. Dentro do conceito, podemos utilizar tanto os instrumentos típicos da geometria, a exemplo de régua, compasso e transferidor, como a inspiração artística e a imaginação”, observa Samuel Danilo.
Paulo Gabriel lembra que, por trás da beleza da figura, há uma essência matemática. “Existe a percepção visual e espacial das formas. Nossos colegas se interessaram bastante e isso nos motivou a fazer uma oficina de construção de mandalas, para fixar os conhecimentos”, esclarece.
Gestão
Na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Leonel de Moura Brizola, a preocupação com o uso inteligente do dinheiro fez com que as jovens Luzia Rute de Oliveira e Gisele Maria de Paiva, ambas de 17 anos e alunas da 3ª série do Ensino Médio Técnico em Administração, fossem em busca de conhecimento financeiro para saber empregar os recursos de maneira eficiente.
A ideia levou ao lançamento do projeto “Bioeconomics: uma proposta de educação financeira para o Ensino Médio através das mídias digitais”, que fornece orientações a respeito do tema por meio de aplicativo de smartphone, website e página no Instagram. Luzia Rute argumenta que a concepção surgiu da necessidade de saber utilizar melhor o dinheiro recebido pelo estágio obrigatório.
“Desde o início do século houve um movimento de fortalecimento do mundo financeiro. Mas mesmo assim os brasileiros ainda sentem muita dificuldade na hora de lidar com as finanças. E a gente percebeu que os jovens não ficam fora disso. Eles também precisam de acompanhamento”, avalia.
Gisele Maria conta que a tendência, entre os colegas, é de que o dinheiro seja gasto com itens considerados supérfluos. “Fizemos levantamento bibliográfico para saber o que as pessoas do mundo da educação financeira pensam. Em seguida, aplicamos um questionário com todos os alunos da escola”, aponta, explicando que as plataformas digitais utilizadas pelo projeto disponibilizam informações de forma objetiva e acessível, além de dicas de livros.