Iniciativa de residentes do Hospital de Messejana traz conforto e segurança para pacientes
18 de junho de 2020 - 11:10 #coronavírus #Covid-19 #Hospital de Messejana #Sesa #terapia ocupacional
Jéssica Fortes - Ascom HM Texto e Fotos
A depender da gravidade do caso, pessoas diagnosticadas com Covid-19 precisam, muitas vezes, ser internadas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para receber um tratamento ainda mais especializado. No Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado, os residentes do Serviço de Terapia Ocupacional encontraram uma alternativa para prevenir problemas nos pacientes durante o período de internação.
Os profissionais da unidade criaram coxins, um tipo de almofada feita de espuma, que é colocada sob a cabeça do paciente e pode evitar, entre outras complicações, a Lesão Por Pressão (LLP). O problema costuma surgir em decorrência da posição prona, técnica que consiste em posicionar o paciente de bruços para melhorar o desempenho da função pulmonar, a oxigenação e evitar a sobrecarga cardíaca.
A iniciativa tem o objetivo de proteger a integridade cutânea do paciente, evitando úlceras de pressão facial, lesões no pavilhão auricular, lesões oculares, edema facial, além do deslocamento ou obstrução do tubo endotraqueal e a remoção das sondas nasoenteral ou nasogástrica. O chefe de enfermagem da UTI Respiratória Adulto do HM, Renato Bezerra, foi um dos primeiros a avaliar o material.
Ele conta que os coxins estão ajudando a prevenir uma das principais causas de eventos adversos. “Os coxins têm uma grande importância para esses pacientes acamados. Além de uniformizar o cuidado, ele auxilia na prevenção das lesões de face, trazem conforto ao paciente e mais segurança para a equipe assistencial”, reforça.
A residente de terapia ocupacional, Roberta Fontenele, explica que o projeto foi pensado no início da pandemia. “Nós pesquisamos e vimos que essa tecnologia já estava sendo utilizada em outros estados. Fizemos algumas adaptações e levamos para aprovação da equipe de enfermagem e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. O nosso intuito é dar mais conforto aos pacientes em tratamento e prevenir o surgimento de outras complicações que afetem o desempenho ocupacional do paciente”, afirma a residente.
A produção do suporte é feita com colchão piramidal, também conhecido como casca de ovo, tecido cirúrgico, cola, tesoura e plástico. Além de Roberta, participaram da confecção das almofadas Jéssica Marques e Jocélio, terapeutas ocupacionais e residentes em Cardiopneumologia do HM.
A equipe já produziu e doou o material para Hospital Leonardo da Vinci (HLV) e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede estadual, e para o Instituto Dr. José Frota (IJF). Os terapeutas desenvolveram, ainda, suportes para os tablets, que são utilizados por assistentes sociais durante as videochamadas entre pacientes e familiares.