Bebês prematuros recebem acompanhamento fonoaudiológico durante amamentação
31 de agosto de 2020 - 13:51 #aleitamento materno #amamentação #bebês prematuros #fonoaudiologia #saúde #Sesa
Camila Vasconcelos - Ascom HGWA - Texto e Foto
O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado, auxilia mães e bebês prematuros a superar dificuldades durante a amamentação. O trabalho dos fonoaudiólogos da unidade é fundamental para incentivar e ajustar a pega dos recém-nascidos, que são acompanhados por uma equipe multiprofissional desde a chegada à UTI Neonatal até a alta.
“O trabalho começa quando eles ainda não têm o total entendimento de que já nasceram. O fonoaudiólogo é quem ajuda nessas primeiras percepções da vida. Além disso, através de várias técnicas de estimulação, fazem com que o bebê consiga se alimentar com segurança”, explica Cláudia Muniz, fonoaudióloga responsável pela UTI Neonatal.
Na UTI Neonatal do HGWA, Erilane de Sousa, 24, amamenta satisfeita Gael Luca, que nasceu prematuro de 27 semanas há cerca de um mês. O bebê chegou ao HGWA pesando apenas 980 gramas. “Ele começou se alimentando por sonda, pois não tinha força para sugar. Aos poucos, a fonoaudióloga foi nos ajudando. No começo ele não pegava o bico do peito, mas, depois da orientação dela, deu tudo certo. Toda a ajuda está sendo muito importante para nós”, disse Erilane.
Gael está na fase de transição da sonda para a mama. Há uma semana, o bebê já consegue sugar o leite da mãe sem precisar do suporte. “É muito emocionante proporcionar o alimento para meu filho e ver que ele está crescendo”, comenta Erilane.
Estímulo
Cláudia Muniz explica que a maioria dos bebês prematuros necessita da sonda para ter eficácia durante a alimentação. Na UTI, a fonoaudióloga prepara o bebê para que ele perceba os reflexos da sucção e da deglutição. “Como eles ainda não sabem sugar, engolir e respirar ao mesmo tempo, eles precisam ir aprendendo e se acostumando a coordenar, tudo sem se cansar. A estimulação começa o mais cedo possível, ainda na UTI, para que ele comece a mamar no seio da mãe. Algumas linhas de conduta são adotadas de acordo com cada paciente”.
Nos leitos, os fonoaudiólogos fazem massagens, manobras, usam bandagem, toques terapêuticos, entre outras práticas. “O HGWA também adota a técnica do copinho, recomendada pelo Ministério da Saúde, e ideal para evitar infecções e fazer com o bebê se alimente do leite materno”, completa.
Cláudia Muniz ressalta que, em alguns casos, a mãe pode não conseguir amamentar por causa de algum problema de saúde dela ou do bebê. “Por isso, é fundamental a presença do fonoaudiólogo tanto na UTI Neonatal, quanto nos berçários e UTIs Pediátricas. O nosso trabalho vai além de ensinar o bebê a sugar e fazemos questão de estar sempre junto no desenvolvimento deles”, finaliza.