Estudo mostra diagnóstico da atenção obstétrica nesta quarta (6)

5 de abril de 2016 - 13:22

O diagnóstico da atenção obstétrica na Região Metropolitana de Fortaleza será apresentado nesta quarta-feira (6) aos diretores de hospitais da rede pública e conveniada da RMF, durante a reunião do Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, no Auditório Waldir Arcoverde, da Secretaria da Saúde do Estado. O estudo foi feito pela Comissão de Apoio Técnico ao Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, criada em 2015 com a finalidade de realizar estudos sobre as circunstâncias da ocorrência dos óbitos maternos, infantis e fetais, identificação dos fatores de risco e proposição de medidas de melhoria da qualidade da assistência à saúde, objetivando contribuir com a redução da mortalidade materna, infantil e fetal no Estado.

Os dados divulgados ainda no ano passado no último boletim da Secretaria da Saúde do Estado mostram sensível redução da mortalidade materna no Ceará em 2014. A Razão de Mortalidade Materna (RMM) diminuiu em 25,6%, com redução de 82,5 óbitos por 100 mil nascidos vivos em 2013 para 61,2 em 2014. Em números absolutos, o total de óbitos maternos por causas obstétricas em 2014 foi de 124 mortes em 48 municípios. Nos últimos anos esse número foi de 110 óbitos maternos em 2011, 135 em 2012 e, em 2013, de 140.

Entre as causas dos óbitos maternos no ciclo gravídico-puerperal, as causas diretas se destacam como principal causa de morte em 2014, com 47 ocorrências ou 37,9% do total. As causas diretas são decorrentes de complicações obstétricas durante a gravidez, parto ou puerpério devido a intervenção, omissões, tratamento incorreto ou uma cadeia de eventos. As causas indiretas são aquelas resultantes de doenças preexistentes à gestação ou que se desenvolveram durante esse período, não provocadas por causas obstétricas diretas mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. De causas indiretas, segunda causa de morte materna em 2014, foram confirmados 28 óbitos, 22,6% do total.

Entre 1998 e 2014, período do estudo realizado pela Secretaria da Saúde do Estado, foram confirmadas 1.802 mortes maternas por causas obstétricas diretas e indiretas, com média da RMM de 78,1, número considerado alto segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os maiores indicadores no período foram registrados nos anos de 1998 (93,7) e 2012 (90,6) e os menores em 2006 (66,7) e 2014 (60,4). No Brasil, estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que a Razão da Mortalidade Materna passou de 143 por 100 mil nascidos vivos em 1990, para 70 em 2010. A redução de 51% é “notável”, segundo o estudo, mas diminuir ainda mais esse índice é um desafio, uma vez que a morte de mulheres por causas relacionadas à gravidez, aborto, parto e puerpério são quase sempre evitáveis.

Serviço

Apresentação do diagnóstico da atenção obstétrica na Região Metropolitana de Fortaleza

Dia 6, das 9h às 12h
Na Secretaria da Saúde do Estado (Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema)

05.04.2016

Assessoria de Comunicação da Sesa
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