Emoção na despedida de Emily, após um ano e meio de internação no Hospital Infantil Albert Sabin

7 de abril de 2016 - 19:59

Emily com profissionais do Albert Sabin, a diretora Marfisa Portela e a mãe Ana Paula
Vestido azul brilhante, tiara de princesa e sorriso no rosto. Foi assim que a paciente Emilly Cavalcante, de seis anos, recebeu os convidados para a festa de despedida no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, na manhã desta quinta-feira (7).

Emilly Cavalcante deu entrada no HIAS em setembro de 2014. Logo foi diagnosticada com pneumonia grave, desnutrição em 3º grau, osteoporose e raquitismo renal hipofosfático. “O raquitismo já tinha sido diagnosticado antes, quando ela tinha dois anos, aqui mesmo no Sabin e foi prescrito um tratamento para ela fazer em casa, em Quixeramobim. Mas por diversos motivos, sociais e financeiros, ela não fez o tratamento”, contou a pediatra Marta Sampaio, coordenadora da Unidade de Pacientes Especiais (UPE).

“Era triste demais a gente ver como a Emilly voltou para cá. Ela chegou em estado gravíssimo, tinha quatro anos e pesava apenas seis quilos”, disse a pediatra, sem esconder o orgulho da paciente. “Mas ela conseguiu mostrar para cada um que trabalha aqui dentro desse hospital que a gente tem de continuar lutando. As dificuldades são muitas, mas a gente tem que lutar pela vida. Ela queria viver e ela conseguiu”, contou.

A menina ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por cinco meses, onde sofreu uma parada cardíaca e teve de ser reanimada. “Mas a gente via sempre o mesmo brilho no olhar. O mesmo que ela tem hoje. O que diz que ela quer viver, para não desistir dela”, disse Marta Sampaio, emocionada. Depois de superar a fase da UTI, Emilly foi para a UPE, onde permanece até sexta-feira (8). Lá, ela recebeu acompanhamento da pediatra, reumatologista, nutricionista, nefrologista, pneumologista e fisioterapeuta, além da equipe de enfermeiras e medicação de última geração.

“Todos no HIAS conhecem a Emilly, todos se envolveram de alguma forma. Do zelador até a direção porque todos eles foram conquistados por ela”, afirmou Marta Sampaio. Aos poucos, a musculatura da paciente foi se fortalecendo. Os cabelos voltaram a crescer. A osteoporose foi resolvida. Emilly estava forte o suficiente para tentar voltar a andar e ela conseguiu. Logo em seguida, parou de usar a ventilação mecânica e a asma grave foi controlada.

“Hoje, quando fomos trocar a sonda para ela ir para casa, ela me disse: ‘o que é que a senhora vai inventar agora, doutora, para me impedir de ir pra casa?’. Não tem como negar, vou sentir muita falta”, disse a médica rindo em meio a lágrimas.

As lágrimas foram compartilhadas por muitos durante a festa de despedida. Pessoas de todos os setores do hospital compareceram para ver Emilly. “Isso tudo significa muito para o hospital porque mostra o êxito que tivemos no tratamento dela. Era um caso grave e relativamente raro. E nós conseguimos. Ela conseguiu”, disse a diretora geral, Marfisa de Melo Portela.

A comoção foi ainda maior quando a menina mostrou o vídeo de agradecimento que fez. “Quero agradecer a todos, muito, muito obrigada. Mas eu vou pra casa”, disse ela arrancando sorrisos, inclusive da mãe, Ana Paula. “Foi uma batalha longa e dura, mas agora ela vai pra casa”, disse a mãe. Assim como Emilly, outros cinco pacientes com longas internações devem deixar a UPE até julho. Ao todo, o HIAS tem 310 pacientes internados.

07.04.2016

Diana Vasconcelos
Assessora de Comunicação do Hias
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