Câncer infantil: Hospital Albert Sabin garante atendimento especializado

8 de abril de 2016 - 14:38

Nesta sexta-feira (8) é comemorado o Dia Mundial do Combate ao Câncer. Para Evilane Mendonça Oliveira e o filho Gustavo, de 8 anos, essa data tem muito significado. “Ele é o meu milagre”, diz Evilane. Em 2015, o pequeno Gustavo terminou o tratamento de câncer no Centro Pediátrico do Câncer (CPC), do Hospital Infantil Albert Sabin, da rede pública do Governo do Estado do Ceará. “Quando recebi a notícia que ele estava doente, não gosto nem de lembrar. As pessoas achavam que ele não resistiria. Ele era tão frágil. Quando a doutora disse que estava bem, nem acreditei. Ele é um milagre”, comemora.

Em 2014, após uma pancada acima do olho esquerdo, quando Gustavo brincava com os vizinhos, que surgiram os primeiros sinais do câncer. “Dessa pancada começou um tumorzinho, um caroço vermelho que foi saindo, saindo e aumentando. Ele fez a cirurgia, depois a biópsia e aí foi constatado que ele tinha câncer. Daí ele foi encaminhado para o Albert Sabin”, conta a mãe do menino. Desde então, foram várias sessões de quimioterapia, exames, além de radioterapia para complementar o tratamento. Foi quando Evilane teve de deixar o emprego de frentista para acompanhar o filho de perto.

A notícia da cura veio como um presente para toda a família. Para comemorar, Evilane decidiu dar uma irmãzinha para Gustavo, a Alana Taís, que deve nascer no fim de maio. “Ele vai fazer nove anos e eu tenho 27, já estava na hora e eu sempre quis ter um segundo filho. Tenho fé em Deus que ela vai nascer com muita saúde e será uma companheira pra ele”, diz. A última consulta de Gustavo aconteceu no dia 1º de abril.  Durante 10 anos, o menino deve comparecer a consultas bimestrais no ambulatório do Hospital Albert Sabin. Segundo a oncologista Sandra Emília Prazeres, o acompanhamento ambulatorial é necessário para diagnosticar rapidamente uma reincidência do câncer e garantir um atendimento mais eficaz aos pacientes.

 

Centro Pediátrico do Câncer

Além de Gustavo, outras 175 crianças iniciaram tratamento no Centro Pediátrico do Câncer em 2015. E, entre janeiro e março de 2016, outras 34 deram entrada. O prédio funciona como um anexo do Albert Sabin. “O CPC foi construído pela Associação Peter Pan (APP) com a qual fazemos uma exitosa parceria, as crianças são tratadas com todos os insumos e profissionais fornecidos pelo Hospital Infantil Albert Sabin. E a Associação Peter Pan faz um excelente trabalho no âmbito social e com o Programa de Diagnóstico Precoce do Câncer, além de diversos outros projetos no CPC”, explica a diretora geral do Albert Sabin, Marfisa de Melo Portela.

Referência no tratamento do câncer infantil

O ambulatório de câncer infantil começou a funcionar no Albert Sabin em 1982. Mesmo ano de contratação da oncologista pediátrica Nádia Trompiere, que atualmente coordena o laboratório de diagnóstico precoce do câncer, onde são realizados exames de alta complexidade. Segundo a médica, o crescimento estrutural e de qualidade apresentado pelo hospital ao longo dos últimos 36 anos no tratamento de câncer infantil, transformou o Albert Sabin em uma referência para o Ceará e para o Nordeste. “Vem muita gente dos estados vizinhos se tratar aqui”, afirma.

“A qualidade mudou muito. Nós passamos de uma pequena enfermaria no bloco da cirurgia para esse prédio completo, concluído em 2011 pela Associação Peter Pan. E temos tudo que precisamos em um tratamento multidisciplinar. Então, são todas as especialidades reunidas em uma estrutura adequada para o atendimento às crianças”, diz. O Centro Pediátrico do Câncer tem a única Unidade de Terapia Intensivo (UTI) oncológica do Estado com sete leitos e ala de internação. Além de contar com mais de 28 especialidades médicas no hospital.

“Ao longo dos anos, o trabalho de diagnóstico precoce e a mídia fez com que aumentasse a procura das famílias. Houve uma reeducação. Postos de saúde, equipes do Programa Saúde da Família, enfermeiras e até agentes de saúde foram capacitados para perceberem os primeiros sinais da doença. E aqui no Sabin, seja por consulta ou pela emergência, fazemos todos os exames necessários. Nossos pacientes saem melhor hoje, porque tudo é tratado mais cedo, e tudo com qualidade, porque a gente tem acesso à toda terapia necessária”, diz Nádia Trompiere.

Atualmente, não há fila de espera para o tratamento do câncer infantil. O Hospital Albert Sabin tem 528 médicos, destes, 27 são oncologistas; além de 240 enfermeiros, 634 auxiliares e técnicos de enfermagem. Diariamente, o hospital atende uma média de 600 crianças por dia.

 

Fotos: Assessoria de Comunicação do Hias

08.04.2016

Assessora de Comunicação do Hias
Diana Vasconcelos
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