Sejus e Visão Mundial capacitam egressos para empreendedorismo

26 de janeiro de 2018 - 10:08 # # #

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Gerenciar o próprio tempo, trabalhar com o que se gosta e até driblar os altos índices de desemprego são alguns dos benefícios do empreendedorismo. No próximo dia 29 até o dia 2 de fevereiro, na sede da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Cispe), 20 internos participarão da capacitação do Projeto Kiteiras, uma oportunidade de empreender obtendo renda extra e capacitação profissional.

Criado com o objetivo de impactar positivamente comunidades de baixa renda por meio da venda porta a porta de kits de iogurte, o projeto é uma iniciativa da empresa Danone e existe desde 2011, em uma parceria com as ONGs Internacional World Vision (Visão Mundial) e Aliança Empreendedora. No ano de 2016, a Visão Mundial se tornou parceira da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) e chegou aos egressos do sistema penitenciário cearense.

Há oito meses no Kiteiras, Cicero Carpejian é um dos egressos que encontraram no projeto a oportunidade ideal para a reinserção social. Cicero conta que nunca tinha imaginado trabalhar com vendas e ter bons resultados, mas resolveu apostar pela necessidade financeira. Para facilitar a adesão dos participantes, não é cobrado investimento inicial e o lucro é de 30% dos valores vendidos.

Já na primeira semana, ele conta que conseguiu alcançar facilmente o número mínimo de pedidos e, desde então, semanalmente bate a meta vendendo mais de dez kits. Cicero relata que os benefícios vão além do retorno financeiro: “Hoje venci até mesmo o medo de me comunicar e consegui aprender a me expressar melhor através da experiência com os clientes”, conta. Destaque de vendas em um curto período de tempo, ele está entre os melhores vendedores da cidade.

O coordenador de projetos da ONG Visão Mundial, Marcelo Meneses destaca que o projeto colabora dando aos egressos uma nova chance de vida: “O kiteiras propõe a venda de produtos com baixo custo e boa aceitação, por isso, temos conseguido um bom retorno, dando a esse público novas oportunidades de reinserção na sociedade”, afirma.

A coordenadora de Inclusão Social do Preso e do Egresso, Cristiane Gadelha, conta que o empreendedorismo é incentivado por ser também uma forma de driblar o preconceito ainda presente no mercado: “Convidamos os egressos que não estão incluídos no mercado de trabalho para serem qualificados. A idéia é que possamos disseminar essa idéia como uma forma de manutenção da vida e da família dessas pessoas”, afirma.