Sesa desenvolve estratégias de enfrentamento da influenza

8 de maio de 2018 - 17:12 # # #

Cristiane Bonfim/ Marcus Sá / Helga Rackel - Assessoria de Comunicação da Sesa
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A Secretaria da Saúde do Ceará elaborou um plano de enfrentamento à influenza composto por ações coordenadas, com o objetivo de prevenir novos casos da doença, garantir o manejo clínico adequado dos pacientes e realizar a investigação dos casos graves e óbitos com regular divulgação de dados. À frente das ações está a Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde, que abriga o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvep), Núcleo de Imunizações (Nuimu) e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

Dentre as ações de prevenção, a vacinação tem importância fundamental. Segundo dados atualizados na tarde de terça-feira, 8 de maio, o Ceará é o primeiro estado no Nordeste e o quinto no país com maior cobertura vacinal para influenza. Das pessoas do grupo prioritário, 35,98% foram imunizadas no Estado. Desde o dia 20 de abril até 5 de maio, o Centro de Saúde Meireles, da rede do Governo do Ceará, tem funcionado de segunda a sábado para atender à demanda da população mais suscetível à doença. Somente no último sábado (5 de maio), foram aplicadas 2.100 doses da vacina nessa unidade. Desde o início da campanha, foram aplicadas 10.878 vacinas no CSM. Nos 184 municípios cearenses, já foram aplicadas 691.209 doses de vacina contra influenza. Pessoas com comorbidades e outros grupos populacionais receberam 125.455 doses, totalizando 816.664 doses aplicadas em todo o Estado.

Com relação à divulgação de dados, a Secretaria da Saúde tem liberado boletins semanais com dados consolidados e atualizados sobre os casos notificados, confirmados e óbitos registrados, além de dados da campanha de vacinação. Esses dados são fundamentais para apoiar os gestores municipais no planejamento de ações de prevenção direcionadas para a população, considerando entre outras a etiqueta respiratória e repouso domiciliar de sintomáticos.

Equipes de técnicos da Secretaria da Saúde estão visitando os hospitais e UPAs que mais atendem pacientes com a forma grave da doença, com o intuito de divulgar o protocolo de manejo clínico da infleunza, bem como da realização do diagnóstico laboratorial e prevenção da doença no ambiente hospitalar. As equipes de epidemiologistas também buscam casos que não foram notificados pelas unidades e indicam a recomendação de tratamento e da quimioprofilaxia dos contatos, para que sejam feitos em tempo adequado. Foram realizadas 21 visitas a 18 hospitais e unidades de pronto-atendimento desde o último dia 20 de abril até a segunda-feira, 7 de maio.

Nessas visitas, técnicos do Nuvep vão até a unidade de saúde e, junto ao coordenador ou direção, realizam a investigação epidemiológica, com o objetivo de entender e prevenir o aumento dos casos de influenza. As técnicas esclarecem dúvidas sobre as questões epidemiológicas, prestam orientações e oferecem apoio aos serviços de saúde sobre conduta clínica em relação aos pacientes com ou sem gravidade da influenza.

Para preparar os serviços de saúde no enfrentamento da doença, foi realizada webpalestra para os profissionais de todo o Estado sobre o manejo clínico adequado dos pacientes com síndrome gripal e que possuem fatores de risco para complicação. Há, ainda, uma agenda de capacitações para os profissionais dos municípios do interior em que médicos especialistas capacitarão outros médicos e enfermeiros para o cuidado destes pacientes.

Outra ação realizada pelos gestores da Sesa e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, no último dia 23 de abril, foi o encontro com profissionais da imprensa para esclarecer dúvidas sobre a doença e sobre as medidas que vêm sendo adotadas pelo Estado em relação ao aumento do número de caso. Na ocasião, foi destacada a importância da cobertura da imprensa ao esclarecer formas de evitar contágio da influenza e da necessidade de a população procurar os serviços de saúde ao apresentar sintomas como infecção aguda das vias áreas com quadro febril, calafrios, mal-estar, cefaleia, otite, dor de garganta, sinusite, pneumonia, rouquidão, diarreia e vômitos. Para a divulgação ampla destas informações, a mídia local é de extrema importância.

São considerados condições e fatores de risco para a forma grave da doença: mulheres grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até 45 dias após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal); idosos a partir de 60 anos, crianças menores de 2 anos, população indígena aldeada, menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico, pessoas com pneumopatias (incluindo asma), cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica), nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme), imunossupressão associada a medicamentos, neoplasias, HIV/Aids e obesidade.