Vencedores do Concurso de Redação Enem: Chego Junto, Chego a 1.000 são premiados com notebooks
14 de novembro de 2019 - 11:43 #concurso #Enem #redação
Bruno Mota - Ascom Seduc Texto
Rosane Gurgel Fotos
A Secretaria da Educação (Seduc) e a Fundação Demócrito Rocha (FDR) premiaram os alunos vencedores do Concurso de Redação Enem Chego Junto, Chego a 1.000. Os autores das três melhores redações da etapa estadual do concurso de 2019 foram premiados com um notebook cada. Letícia de Carvalho Albuquerque, de 17 anos, foi a vencedora do certame. A jovem está na 3ª série do Ensino Médio na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Isaías Gonçalves Damasceno, em São Benedito, onde faz o curso técnico em Administração.
O Concurso de Redação Enem Chego Junto, Chego a 1.000 ocorre anualmente desde 2017 e faz parte do programa Enem Mix de preparação e motivação dos alunos das escolas públicas da rede estadual de ensino para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O concurso é destinado a alunos da 3ª série do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) Ao todo, foram apresentados mais de 40 mil textos pelos 21.360 concorrentes, procedentes de 427 unidade de ensino. Destes, 8.556 textos foram sobre o tema sorteado: O desafio de preservar os direitos da população indígena no Brasil.
Prática
A estudante vencedora, Letícia de Carvalho, conta que faz o Enem desde a 1ª série, tendo tirado naquela ocasião a nota 880 na prova de redação. Além disso, lembra, sempre teve o hábito de ler e de escrever. “Gosto muito, porque por meio da escrita podemos nos expressar melhor. Algo que não consigo falar pode ser dito pela escrita. A produção textual, além de ser um exercício para a produção de provas como o Enem, é uma ferramenta de análise crítica e defesa da cidadania. A escrita é libertadora e ajuda na reflexão desse mundo, na busca por melhores soluções. Essa plataforma ajuda muito não só para o Enem, mas para a vida”, ressalta.
Letícia considera de grande relevância o tema sorteado para o concurso. No texto, que obedece ao modelo dissertativo-argumentativo, valeu-se de trecho da letra da música “Que país é esse?”, do grupo Legião Urbana, e também de teoria do sociólogo francês Pierre Bourdieu, para reforçar a ideia que propôs.
“Acho o tema bastante relevante, porque é perceptível a negação de direitos aos indígenas. Nessa preparação para o Enem, já havia feito uma redação sobre tema semelhante, então já tinha uma base sobre o assunto. O repertório sociocultural, com citação à letra de música e ao sociólogo, é um conhecimento que agrega. Como gosto de ler, sempre vejo uma brecha para fazer citações nos temas relacionados”, aponta Letícia.
Participação
Na etapa escolar, o concurso premiou 427 autores, que receberão, cada um, menção honrosa pela participação. Também, estes alunos e todas as escolas da rede estadual receberão exemplares do livro, que terá lançamento ainda neste ano. Na publicação haverá as 23 redações premiadas nas etapas regional e estadual, correspondentes às produções mais bem avaliadas em cada Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) e Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor).
A secretária da Educação, Eliana Estrela, avalia que o concurso tem incentivado os jovens a se prepararem melhor. “Esse é um momento simbólico, mas, muito importante. A gente incentiva a cada um que participe do Enem, dos vestibulares, para que possam ter uma vida mais justa e digna. Estudar vale a pena e sempre digo a eles que acreditem, confiem e tenham paciência. Um aluno vence hoje, outro vence amanhã. Isso não é o mais importante, e sim, participar e ter o leque de conhecimentos ampliado”, observa.
A presidente do Grupo de Comunicação O Povo, Luciana Dummar, reforça a importância de se falar sobre os direitos dos povos indígenas. “Essa é uma hora de todas as minorias serem cuidadas e apreciadas. Espero que tudo o que a gente faça seja em construção dessa diferença que é o Ceará hoje no Brasil”, avalia.
Raimundo Neto, coordenador do projeto Enem Mix, acredita que por meio da iniciativa, que promove a prática da escrita, as pessoas têm a oportunidade de se entenderem melhor. “Sabemos que o texto na vida do aluno não serve só para o Enem. Na música, na notícia, na carta, na receita, na bula”, argumenta.